Aldeia Nagô
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Carnaval baiano: Trios independentes estão morrendo

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“Os trios independentes estão morrendo. Agora é o momento de debatermos e ajustarmos para que o brilho desse patrimônio da nossa folia momesca, que é o trio elétrico, não se apague”, disse o Presidente da Associação Baiana de Trios Independentes (ABTI), Waldemar Sandes, que fez um alerta ao ocupar a Tribuna Popular da Câmara Municipal. Em seu pronunciamento, Sandes aproveitou para denunciar a crise enfrentada pelos trios independentes do Carnaval de Salvador.

Sandes criticou os cachês pagos aos trios pelo órgão responsável pela licitação, afirmando que os valores são insuficientes para a manutenção dos equipamentos. Ele sugere uma licitação mais adequada para garantir a viabilidade dos trios independentes. Revelou que o custo de um trio é de aproximadamente R$ 6 milhões, e destacou que o valor pago pelo processo licitatório atual inviabiliza a manutenção dos trios.

A indignação do presidente diz respeito ao processo licitatório feito pela Saltur, que permite que concorrentes internacionais participem, como empresas da China, que não conhecem a folia baiana nem tem experiência com as grandes festas iguais o carnaval da Bahia. Sandes também chamou a atenção para o fato de as micaretas no interior do estado estarem acabando. “Já chegamos a ter 100 carnavais fora de época no decorrer do ano, atualmente não temos dez. Não se pode colocar um trio na rua com acerto de 260 mil quando no final o valor liberado é de 170 mil. A conta não fecha”, acrescentou.

No seu pedido de apoio aos presentes no auditório da Câmara, Sandes lembrou que não estava ali como candidato a cargo eletivo e sim como representante e defensor dos trios independentes que há mais de 30 anos fazem o carnaval acontecer. Encerrou seu pronunciamento com um pedido de alerta ao Conselho Municipal do Carnaval para que seja encontrada uma solução urgente para a questão. Alguns vereadores que estiveram na Tribuna Popular reconheceram a importância dos trios independentes para a cultura do carnaval. Uma audiência pública da comissão do Carnaval da Câmara foi sugerida para discutir o tema.

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