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Casa de Oxumarê comemora 180 anos de existência e luta do povo negro

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A comunidade Ilé Òsùmàrè Aràká Àse Ògòdó, mais conhecida como Casa de Òsùmàrè – um dos mais antigos terreiros de candomblé da Bahia e também um dos mais tradicionais centros de culto afro-brasileiro do Brasil -, comemora “180 anos de Religiosidade e Compromisso Social”.

As celebrações, que são um marco histórico para o povo de santo, começam na sexta-feira, 19, com o lançamento do selo comemorativo dos Correios em homenagem aos festejos da Casa de Oxumarê, na Assembléia Legislativa da Bahia, às 9h30. Já no sábado, 20, na sede do terreiro, situada na Federação, a partir das 20h, será realizada com todos aqueles que reconhecem o valor da cultura afro-brasileira, a cerimônia religiosa e também a solenidade de anos de resistência, fé, amor e acolhimento à cultura africana no Brasil. O evento é gratuito e aberto ao público.

A história do terreiro remete à formação do candomblé no Brasil, foi escrita com a coragem de africanos escravizados e perpetuada com a dedicação daqueles que jamais abandonaram a sua cultura e fé. A contínua batalha dos seus representantes em defesa a emancipação da religiosidade de matriz africana no Brasil e pela promoção do respeito mútuo entre as religiões tornaram a Casa Oxumarê em uma das maiores referências para o Movimento Negro e na luta pelos direitos humanos.

Desde a sua fundação em 1836, na Rua das Grades de Ferro, se sucederam na liderança da Casa de Oxumarê oito gerações religiosas compromissadas com os Orixás e com a humanidade, semeando compaixão, dignidade, respeito e benevolência. Desta forma, a casa se transformou em um importante patrimônio cultural e histórico, não apenas de seus descendentes, mas da Bahia e do Brasil.

Sobre a Casa de Oxumarê

Ilé Òsùmàrè Aràká Àse Ògòdó, conhecido como Casa de Oxumarê, foi fundado há 180 anos, sendo que há 112 está localizado na Federação. Ao longo de sua história, contribuiu de modo significativo para preservar e difundir a cultura africana no Brasil. Guardiã e detentora de tradição milenar, a casa perpetua o legado ancestral do culto aos Orixás, lançando as sementes do que hoje representa o candomblé para o país e o mundo. Faz parte do panteão das casas matrizes responsáveis pela construção da religiosidade afro-brasileira.

Território Cultural

Em 2002, a Fundação Cultural Palmares reconheceu a Casa de Oxumarê como território cultural afro-brasileiro, atestando sua permanente contribuição para a preservação da história dos povos africanos no Brasil. No final de 2004, o terreiro foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia – IPAC como patrimônio material e imaterial do Estado. Neste mesmo ano, Casa de Oxumarê foi inscrita nos Livros de Tombo Histórico e no Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, como Patrimônio Nacional do Brasil.

Projetos Sociais

Além de desenvolver atividades religiosas, a Casa de Oxumarê é ativamente engajada em projetos sociais e culturais que auxiliam para o desenvolvimento e inclusão das comunidades do seu entorno geográfico e político. Comprometida na luta contra o preconceito e a intolerância religiosa, possui um extenso histórico de realização de atividades e ações que visam a valorizar o legado cultural afro-brasileiro e garantir o direito de cada cidadão em professar livremente sua fé.  Essas ações são um importante mecanismo de transformação social, realizando atividades culturais e educacionais que visam a ampliar oportunidades de empregabilidade e de geração de renda de pessoas socialmente vulneráveis.

Serviço

O que: Lançamento do selo comemorativo dos Correios em homenagem aos festejos da Casa de Oxumarê

Quando: Sexta-feira, 19 de agosto, às 9h30

Onde: Assembléia Legislativa da Bahia  – 1ª Avenida, nº 130, Centro Administrativo da Bahia

Serviço

O que: Comemoração dos 180 anos da Casa de Oxumarê

Quando: Sábado, 20 de agosto, às 20h

Onde: Segunda Travessa Pedro Gama N° 65, Federação

Quanto: Gratuito

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