Aldeia Nagô
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Chegou a hora de dançar quadrilha no São João do Centro Histórico

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As quadrilhas juninas de Salvador têm um palco exclusivo e ganharam destaque no São João do Centro Histórico. Serão nove grupos a se apresentar na Arena Arromba Chão, na Praça da Cruz Caída, na Praça da Sé : as quadrilhas Mirim Germe da Era e Mirim Forró do Luar, e as quadrilhas de adulto Mandacarú, Buscapé, Arraiá das Marias, Asa Branca, Imperatriz do Forró, Capelinha do Forró e Forró do ABC. Confira a programação:

 

Dia 22, sábado

19h00 – Mirim Germe da Era

19h45 – Buscapé

20h30 – Arraiá das Marias

Dia 23, domingo

19h00 – Mirim Forró do Luar

19h45 – Mandacarú

Dia 24, segunda-feira

19h00 – Asa Branca

19h45 – Imperatriz do Forró

20h30 – Capelinha do Forró

21h00 – Forró do ABC

Saiba mais sobre as quadrilhas:

Quadrilha Mirim Germe da Era – A trajetória cultural começou em 1981 no Pero Vaz, com o Grupo de Samba Junino Germe da Era e a reza tradicional da Trezena de Santo Antônio. No período do São João o grupo saía pelas ruas da Liberdade e com uma concentração muito grande de crianças, então, a senhora Anatália Gonzaga, conhecida como Dona Naná, criou a Quadrilha Mirim Germe da Era e seguiu com os dois grupos durante 20 anos. A família Gonzaga Estrela deu prosseguimento ao grupo junino com a finalidade de manter a iniciativa sociocultural de sua fundadora, de mostrar a cultura junina e assim vem buscando angariar recursos para a manutenção do grupo, já que não existem concursos ou festivais juninos destinados aos grupos mirins. Ao longo desses anos os ex-integrantes da Germe brilhando nas quadrilhas adultas, como dançarinos e músicos, e tem esperança de estar inserida em políticas públicas que viabilizem a continuidade do trabalho com as crianças.

Quadrilha Buscapé – Criado em 1982, o grupo cultural Conexão Buscapé, do Engenho Velho de Brotas, retorna aos palcos em 2024 após 23 anos parado. Foi fundado com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a cultura regional no bairro. O processo de retorno aconteceu em maio do ano passado, com fórum de oficialização do retorno. Em seguida, a equipe iniciou os ensaios no Teatro Solar Boa Vista.

Quadrilha Arraiá das Marias – O grupo surgiu em 2016 da união de dois artistas baianos oriundos do movimento popular de quadrilhas juninas, a cantora e dançarina Isis Carla, idealizadora da banda Maria Coisa, e Roberto Cândido, músico, compositor e cantor da banda Fulô de Maria, projetos inspirados na estética da quadrilha junina e no repertório tradicional de forró pé de serra. Com a missão de resgatar tradições juninas o Arraiá das Marias é um espetáculo de quadrilha junina estilizada, todos caracterizados com indumentárias tradicionais promovem brincadeiras, coreografias, com marcador, casamento na roça e muita interatividade com o público. Esta ano o Arraiá das Marias trará o espetáculo “Outra vez Quadrilhas” em seu repertório composições coreográficas e musicais de antigas de quadrilhas juninas de Salvador, discutindo a importância da valorização deste segmento cultural.

Quadrilha Mirim Forró do Luar – A quadrilha existe há mais ou menos 50 anos e faz um trabalho social e cultural com crianças e adolescentes através da Associação de Moradores do bairro de Massaranduba, na Cidade Baixa. O tema deste ano conta a história da tradição das bandeirolas e do motivo de não se soltar mais balão durante a festa de São João. Para não se perder essa tradição da decoração junina haverá o casamento entre a bandeirola e o balão para conscientizar as pessoas de continuarem essa linda tradição.

Quadrilha Mandacarú – Fundada em 1999, do bairro da Pero Vaz, estava adormecida há mais de dez anos, mas diante do sucesso da Arena Arromba Chão, resolveu retornar as atividades trazendo um espetáculo emocionante. Na Liberdade, o Forró Mandacaru tem motivos de sobra para ensaiar. Formado por um grupo de amigos há 25 anos, o retorno aos palcos será este ano, em comemoração ao aniversário.Com um elenco formado por 21 pares de dançarinos, oito diretores e oito assistentes de apoio, a Forró Mandacaru começou a preparar o São João de 2024 em julho do ano passado.

Quadrilha Asa Branca – Em 2023 a Quadrilha Forró Asa Branca completa 31 anos de história. Campeã em diversas disputas de quadrilhas, vencendo inclusive o nacional em 2012 (única da Bahia com o título), o grupo foi criado no bairro do Cabula/Resgate. O grupo nasceu em 1992, no condomínio “Chácara” e é considerado um dos precursores no quesito inovação, expressão de dança e resgate do popular. Com aproximadamente 120 componentes, conquistou mais de 40 prêmios, dentre eles o de melhor Quadrilha Junina do país e tem em sua proposta a mistura de vários elementos artísticos, como teatro, dança, música e intervenção 12 poética, construídos em forma de espetáculo, fortalecendo assim as raízes da cultura nordestina.

Quadrilha Imperatriz do Forró – Fundada em 2015, a quadrilha junina do subúrbio da capital baiana possui cerca de 200 pessoas entre dançarinos e corpo técnico. Nasceu de uma quadrilha mirim do bairro Terezinha. Com oito anos de existência, sendo muito nova com parâmetro as quadrilhas existentes em Salvador e na Bahia, vem sempre se destacando e subindo ao pódio nos concursos em que participa. Se tornou em pouco tempo a maior junina da Bahia, com o quadro de brincantes (dançarinos juninos) de veteranos e jovens, levando a cultura nordestina aos mais jovens.

Quadrilha Capelinha do Forró – Em 1998 nasce a Capelinha do Forró, quadrilha junina do bairro de mesmo nome, fundada por um grupo de quadrilheiros que decidiram unir o bairro. Atualmente, o projeto é composto por 80 pessoas, mas já contou com 200 integrantes. Neste ano, os ensaios começaram em janeiro. Em média, a equipe se apresenta em seis festivais/concursos no estado. As apresentações da Capelinha do Forró podem ser gratuitas, dependendo da finalidade.

Quadrilha Forró do ABC – Fundada há 38 anos, em 9 de maio de 1982, a Forró do ABC é a junina mais antiga de Salvador e em atividade ininterrupta. Inicialmente formada para participar de uma gincana na Escola Professora Candolina, localizado no bairro do Pau Miúdo, em Salvador, ganhou novos rumos e despontou no cenário junino da Bahia levando para o grande público temas sempre relacionados ao nordeste e o seu sertão. Destacou-se por conseguir ser a grande campeã nos concursos de quadrilhas que eram realizados no Estado e foi pioneira em trabalhar com temas autorais, além de formar a sua própria banda. Hoje conta com cerca de 150 integrantes envolvidos diretamente.

O São João do Centro Histórico tem o apoio institucional da Prefeitura de Salvador através da Secult – Secretaria de Cultura e Turismo e da Saltur – Empresa Salvador Turismo, Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet. Patrocínio da Petrobras. Correalização da ACHE – Associação Centro Histórico Empreendedor, Pira e São João do Reencontro. Realização da Sole Produções, Ministério da Cultura, Governo Federal.

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