Aldeia Nagô
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Domingueiras CCCLXXXVIII

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Sergio_Guerra2

Se eu fosse um político militante engajado em uma das múltiplas facções partidárias torcendo pela derrota do bolsonerismo, diria, como estão fazendo alguns

analistas, comentaristas ou próceres destas posições, que o governo desta maldita figura chegou ao fim e seu destino próximo, ao contrário do que afirma, será a cadeia, onde pagará por seus variados crimes, ou o exílio, onde se esconderá com seus familiares e amigos para escapar da justiça e aguardar as prescrições de seus continuados ataques a lei e a honestidade.

Porém, como me considero, apesar de minhas convicções políticas, ideológicas e partidárias, pelo menos, enquanto escrevo estas críticas/crônicas semanais, como um mero e, sempre que possível, impassível observador social, tendo em vista minha formação e atuação profissional, não me permito arroubos de felicidade e otimismo, inclusive, porque nossa tradição política de conciliação tende muito mais para a procrastinação, o adiamento infinito e o esquecimento sistemático do que para uma rápida e eficiente ação da justiça, com punição dos culpados, muito especialmente, os de crimes contra a população.

Esta breve, longa(?), introdução, é para justificar minha descrença, na punição dos culpados, sejam eles, presidente, ex-ministros e pastores, que assaltaram o dinheiro público, dedicado a ações do ministério da educação. Hoje fartamente comprovados, com, mais do que indícios, fatos apresentados, pelos diversos elementos que foram achacados e ora se consideram autorizados a apresentar as provas de corrupção, resultante das “intermediações pastorais”, publicamente declaradas por aquele por quem o presidente havia prometido “botar o rosto, a mão e…”, todo o resto para garantir a sua honestidade.

Entretanto, como ainda, apesar da constante e consequente reprodução destes comportamentos acima, sonho com o dia em que, aqui no Brasil, os grandes criminosos serão enfim punidos, pelos menos para que sirvam de exemplo e assustem os seus contumazes acompanhantes, e, assim, o dinheiro público, enfim seja de fato de todos, e não somente daqueles que, oportunisticamente, deles se apropriam, apenas por ocuparem cargos ocasionais nos governos e, portanto, se consideram verdadeiros donos do patrimônio coletivo e para tanto devem ser destinados e usados. Repetindo, ainda sonho com o dia…

Sérgio Guerra
Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB. DCH1 Salvador.

Cronista do site “Memórias do Bar Quintal do Raso da Catarina”.
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