Domingueiras CD. Por Sérgio Guerra
A perspectiva cada vez mais próxima de uma derrota, a única de um presidente na tentativa de renovação de mandato, tem aumentado o desespero de Bolsonero, que voltou a criticar as
urnas eletrônicas, o Tribunal Superior Eleitoral, TSE, e até o Supremo Tribunal Federal, STF, por supostas perseguições e até fraudes, como sempre sem apresentar qualquer indícios que possam fundamentar tais suspeitas, acima de tudo irresponsáveis, principalmente, em se tratando da maior autoridade do Executivo Nacional que deveria primar pela seriedade em suas declarações.
A flagrante diferença entre o presidente Lula que tem se pautado pela defesa da democracia, pelo combate a fome, o desemprego e a pobreza, além de uma convivência respeitosa e civilizada, se cristaliza cada vez mais claramente, em oposição a agressividade de Bolsonero, que tem, reiterada e sistematicamente, atacado a todxs e a tudo que ele imagine que possa contrariar o seu sonho obsessivo de uma reeleição para garantir uma continuidade de enriquecimento imobiliário familiar e uma impunidade face aos crimes que ele e famiglia tem cometido e barrado as devidas apurações judiciais e/ou policiais.
Deste modo, a apelação para as diversas religiões, especialmente as neopentecostais, mais conservadoras, reacionárias e pretensamente monopolizadoras das “verdades absolutas de um só deus”, e, claro com o ostensivo descaso com as outras, especialmente as afro-brasileiras, sequer citadas, (por que será?), envolvendo suas constantes presenças, incluindo sua esposa e a famigerada Damaris, inclusive quando indevidamente se dispõe a tentar manipular os vários cultos, mesmo sem convite ou mesmo aceitação de seus fiéis, tem gerado conflitos, dentre os quais o episódio de Nossa Senhora Aparecida, já faz parte dos absurdos folcloricos das eleições.
Enfim, está ficando cada vez mais explícita as diferenças entre estas duas candidaturas e seus apoios, para que quem “tem ouvidos para ouvir e olhos para ver” que o façam, para depois não tentar justificar a repetição do seu erro, com a esfarrapada desculpa de que não tinha prestado a devida e necessária atenção, por falta de tempo ou mesmo absoluta inconsequência. Deste modo, só nos resta concluir, com um pouco de poesia na proverbial fala do grande compositor Paulinho da Viola: “As coisas estão no mundo, só que eu preciso aprender!”.
Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB. DCH1 Salvador.
