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Domingueiras XXV – Os trapalhões do planalto.Por Sergio Guerra

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Brasília tem me lembrado um conjunto de humoristas da TV brasileira que marcaram época, especialmente no meio infanto-juvenil, durante algumas décadas, atingindo até uma parcela significativa de adultos e até meso idosos, pelas atrapalhadas de promoviam, eram

conhecidos como “Os Trapalhões” e formavam um quádruplo conhecidos pelos seus nome artísticos: Dedé, Didi, Mussun e Zacarias e representavam figuras estereotipadas dos caipiras, cariocas, mineiros e nordestinos, ou algo parecido.

Nestes tempos do “politicamente correto” poderíamos, com justas razões, questionar seus exageros, caricatos e discriminatórios, que hoje podemos considerar até mesmos racistas, sexistas e outros “istas” mais, daqueles personagens que mais do que “risonhas e francas”, o humor caústico de meu colega de faculdade Albergaria chamaria de “bisonha e manca”, lembro que estas eram expressões que ele usou na virada dos 60 para os 70, antes que os “patrulheiros da ordem” o ataquem também.

Mas voltando ao nosso tema básico, costumeiramente as ações dos políticos brasileiros, estes últimos dias tem sido agitados por sucessivas “trapalhadas”, daí a desnecessária e mesmo longa lembrança preliminar, dos seus múltiplos agentes, dos quais não escaparam nem os presidentes da República e do maior partido da base aliada, ex oposição, além de outras importantes personalidades de “alto coturno”, (Êpa!) deste malfadado país tropical, “abençoado por Deus e bonito por Natureza, mas que beleza!”.

Só para começar por cima, vejam quantas trapalhadas viveu o “golpista e interino presidente da república, Temer, (o Breve?), que foi flagrado e gravado em uma conversa criminosa, que diz isto é o Ministério Público, o Supremo Tribunal Federal e a Ordem os Advogados do Brasil, esta última por unanimidade dos presidentes de suas 27 regionais, com um multibilionário empresário das proteínas animais, que lhe prestava contas de suas “altas trambicagens” com vários agentes públicos da república, enquanto era estimulado pelo mandatário-mor do país.

Se este ato já não fosse o suficiente aterrador, principalmente por ser monitorado pela Polícia Federal, tivemos a confirmação do golpista mor, em declaração pública e oficial, questionando apenas a qualidade do gravador, um destes “paraguaios”, comprados em qualquer esquina por “vinte mirreis”, o que comprometeu a qualidade da gravação e conseqüente entendimento do seu conteúdo, conforme o seu “perito contratado”, já famoso por sua participação peri-pátetica em anteriores episódios de nossa república.

Para complicar ainda mais esta “trapalhada”, o presidente, confessou ter recebido o suspeito empresário, na “calada da noite”, no palácio (p) residencial, com direito a entrada pela garagem, sem registro na agenda, pois candidamente, declarou que imaginava se tratar de assunto de uma operação em que ele estaria envolvido, a fase da “Carne Fraca”, que, curiosamente, só aconteceria “10 dias depois” (?). Estaria o presidente “vazando” informações sobre operações secretas para os suspeitos, antecipadamente. Este é o típico caso conhecido, popularmente, como “quanto mais se mexe, mas fede!”.

A defesa do presidente golpista alega a qualidade do equipamento e pede uma perícia para testar sua fidedignidade e surpreendentemente se constata que nem a Polícia Federal, mentora da ação, nem o Ministério Público, nem o Supremo Tribunal, por meio do seu Ministro encarregado, tenham se lembrado de fazer tal procedimento básico, e o equipamento passeava pelos EUA, junto com o “delator premiado”, que com autorização passeava com a família, livre de qualquer restrição, provavelmente, visitando a Disneylândia e curtindo os “patetas”, de lá e de cá.

Sérgio Guerra
Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador.
Conselheiro Estadual de Educação – BA.
Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia.

Presidente do Instituto Ze Olivio  IZO
Cronista do site “Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina”.
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