Aldeia Nagô
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É puro sexo. O amor vem depois. Por Zuggi Almeida

1 - 2 minutos de leituraModo Leitura
Zuggi_Almeida

Eu não preciso mais beber nem fumar maconha, afinal de contas você me dá onda ( e ao meu pai também ).
E assim a música brasileira vai liberando os versos da misoginia e da depreciação feminina colocando vaginas e quadris nos primeiros lugares dos play-lists das pistas das baladas e das raves nos postos de gasolina.

Longe de mim pretender estabelecer um tratado moralista para o cancioneiro nacional. Sacanagens e insinuações eróticas estão implícitas em grandes sucessos musicais, mesmo quando o compositor inocente criou ” mamãe eu quero mamar / dá a chupeta”, quem sabe o trocadilho não terminasse em coito ?

“Aparada e limpinha / Coisa linda de se ver / Abra a tampa da fusqueta / Que eu faço você gemer” , então perguntem ao Mr. Catra em qual posição do Kama-Sutra ele estava quando compôs o hit ‘ Capô de Fusca ‘. O funkeiro carioca desperta gemidos e libidos nos bailes e repercute sua criação nos salões de festas infantis. Abominável.

Em tempos de estilos musicais duvidosos, tipo samba universitário, proponho o lançamento do funk universitário onde vulvas e clitóris seriam homenageados com mais mimo e carinho,a exemplo de versos, tais:

” Quando seus lábios róseos sorriem diante ao meu falo / Nessa hora estanca o mundo / Eu, me calo “. Quem sabe um pouco mais de rigor na suruba da criação ?

Então o cara me perguntou:
– E aí, mestre ? E a nossa música popular brasileira ?
Respondi:
– Fudeu !

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