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Aldeia Nagô
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Ecologia através da economia. Por Guilherme Wisnik

3 minutos de leituraModo Leitura
guilherme_wisnik

Em abril foi aberta ao público a 7ª edição da Bienal de Arquitetura de Roterdã, Holanda, um dos mais importantes fóruns mundiais de discussão dos problemas urbanos contemporâneos.

Tendo como tema “A próxima economia”, o evento questiona a definição dominante, hoje, das cidades como apenas centros de circulação e consumo, em que predominam museus, shoppings e estações.

Qual é o papel da produção nas cidades hoje? Que novas formas ela assume, na relação entre o formal e o informal? Como se territorializa? São algumas das perguntas feitas pela curadoria.

Uma das mais contundentes respostas ao problema foi dada pela cidade de São Paulo, na exposição “Ligue os pontos”, feita pela prefeitura a partir de ações concretas que vem realizando. Trata-se de um projeto coordenado de regulações e incentivos para o fomento da agricultura orgânica e familiar nas bordas da cidade, envolvendo todas as etapas da cadeia: produção, armazenamento, transporte, consumo e reciclagem. E, com isso, de constituição de um cinturão de produção agrícola ao redor da metrópole, visando conter o espraiamento desregulado da mancha urbana e o desmatamento das franjas da cidade.

Consegue-se, assim, evitar a ocupação predatória do território através da consciência ambiental e do incentivo à produção, mitigando um dos graves problemas de segregação espacial da cidade que é a ausência de ofertas de trabalho nas áreas periféricas, onde muita gente mora.

O novo Plano Diretor Estratégico permitiu a definição de uma Zona Rural, que garante o acesso a linhas de financiamento federal para o fomento da agricultura familiar, incluindo ações de capacitação. Ao mesmo tempo, a prefeitura garante um mercado para essa produção incentivando sacolões e feiras de produtos orgânicos, por um lado, e realizando uma ampla política de compras públicas para a alimentação escolar, por outro. Afinal, a demanda diária de 2 milhões de merendas escolares tem escala para amparar uma rede como essa, com a vantagem de levar uma alimentação saudável para as escolas do município.

Compreende-se, dessa forma, o título da exposição. Trata-se de uma ação intersecretarial, que combina as áreas de Meio Ambiente, Educação, Segurança Alimentar, Desenvolvimento Urbano e Trabalho e Empreendedorismo, a partir de uma visão sistêmica dos fluxos econômicos na cidade, que fortalece agentes de pequeno e médio porte. Além disso, é evidente que a aproximação geográfica entre produção e consumo reduz deslocamentos de mercadorias, diminuindo tráfego, consumo de combustível e poluição.

Certamente há muito ainda a melhorar. Mas esse plano de ações integradas da prefeitura representa um avanço exemplar na superação das ações públicas na cidade como políticas isoladas pelas competências parciais de suas secretarias.

Essa é, aliás, uma das marcas mais importantes da gestão de Fernando Haddad: o protagonismo que deu ao urbanismo como meio de leitura integradora do complexo tecido social no espaço conflituoso da cidade.

Um urbanismo que não privilegia grandes obras de infraestrutura viária, como pontes e túneis, mas entende os fluxos e redes da cidade, e procura integrá-los nas diferentes escalas de uma metrópole. E que, como fica claro nesse caso, procura fomentar a ecologia através da economia

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