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Eles não têm cara, nomes, mas conseguem acabar com a paz da nossa gente. Por Malu Aires

4 - 5 minutos de leituraModo Leitura
Malu_Aires


“Mercado”, “cúpula”, “setores”, é como são conhecidos.
Ninguém os vê, nenhum brasileiro saberia reconhecer a fuça dessa gente. São blindados como deuses.

Voltamos a 2014. Essa gente não deixa o Brasil andar pra frente. A gente volta, volta, dá volta, até se enforcar na própria corda que a gente dá pra esses invisíveis que odeiam o povo brasileiro.

“O mercado está nervoso” – nada que uma paulada na fuça desses narcotraficantes brancos não resolva.

No Brasil, o “mercado” é um punhado de parasitas que compram dólar em baixa e vendem na alta. Uma gente que espera, sentada, um telefonema do Banco Central, pra saber a hora de comprar dólar. Não querem Democracia que tire seus “contatos” no poder.
O “mercado” que tanto chilique dá, é o que tira meio trilhão do orçamento e quer mandar governo cortar direitos. Pelas nossas contas, de tudo o que esse “mercado” já levou desse país, não é de dinheiro que reclamam. Reclamam é que o povo está conseguindo emprego, que o salário vai aumentar mais um tiquinho, que o pobre vai comer chester no natal. Acham que, pra pobre, basta osso, subemprego, opressão, miséria e ignorância.

Os “setores” a quem nossa mídia dá voz, mas não rosto, são os mesmos que financiaram uma corja de milicianos, vestidos de verde-amarelo, erguendo cartazes com os dizeres: “Volta AI-5”. No Brasil que esperavam tomar à bala, teríamos campos de concentração nazistas, com a placa: “Patrocínio: BTG Pactual, XP Investimentos e Banco Itaú-Unibanco. Satisfeitos?

“Brasil, mostra a tua cara” – cantava Cazuza. Mas a cara do Brasil, a gente reconhece em cada esquina movimentada, em cada ônibus lotado, em cada escola sucateada, em cada hospital sem vaga. Tá lá o Brasil esperando o tal “milagre”, sem notícias de si, adoecido de tanto esforço, cheio de conta no bolso pra pagar no fim do mês.


Quem precisa mostrar a cara, é o “mercado”, são os tais “setores”, é a cúpula de todo golpe contra o lombo do trabalhador brasileiro.

Prenderam um general. O “mercado” ficou agitado. Era um general que havia prometido, pro tal mercado, vender nossos órgãos, se não sobrasse mais o que tirar de nós.
A “cúpula” ficou irritada. Mandou coroa de flores pra urubuzar a saúde do presidente eleito pelo povo. A filha solteirona de torturador, que ganha 15 por mês pra coçar a bunda, representa essa “cúpula” de sanguessugas. Pra eles, o povo tem que dar casa, carro, roupa, lagosta e aeronaves pra levar cocaína pra Europa.


A cara que não nos mostram é a dos bandidos que acobertam.

Desmatam o que não deve. A chuva vem e leva casa, plantação, bicho e gente. O governo tem que parar tudo, tirar bilhões do orçamento, pra reerguer o que a ignorância derruba.
“Ain, esse governo tá gastando muito… vai furar o teto”.
Que teto? O que o golpe fechou pro país não ver a luz do sol?

O “mercado” sequestra o Banco Central. Indica um ladrão, criado nos berços esplêndidos da ditadura. O ladrão tenta sugar todo o PIB do país, a cada percentual de juros. Faz a festa da dívida pública em dólar. Não escondem: “Vamos aumentar o juros pros parasitas, porque o povo tá tendo emprego demais, o salário tá aumentando demais, quem disse que pobre tem que ter dente pra mastigar picanha?”.

Que “mercado” é esse que não gera 1 emprego, que não produz um parafuso nesse país, mas quer ter voz? É o mesmo que derrubou Dilma.


E diziam… “Dilma caiu porque mulher é burra. Jamais isso aconteceria com Lula…”. Pois tá aí. Tá acontecendo e as personagens do golpe são as mesmas. Se Dilma sofreu um golpe da misoginia progressista, Lula vem sofrendo críticas desses mesmíssimos parasitas.

“Lula tem que isso. Lula tem que aquilo”… e assim, os parasitas da internet envenenam a comunicação brasileira que sempre teve e sempre terá uma só via: os poderosos latem, os oprimidos dizem amém.

Nosso país voltou a crescer pra nossa gente. Quem saiu da lista da miséria, está conseguindo emprego. Nossa juventude periférica voltou pra escola. Já é possível voltar a ver preto e pobre, fazendo fila com carrinho cheio em supermercado.


Nossa economia só precisa tirar dinheiro dos ricos e repassar pros pobres. Nem precisa de muito. Só precisa ver universidades cheias de pobres, ver trabalhador comprando carro e casa, ver mulher segura da violência patriarcal, criança longe dos canaviais e estradas desse país.


Nossa economia só precisa ver o povo com dinheiro pra viajar pra praia, comprar peru no natal, encher o shopping de consumidores de blusinhas. Nossa economia está com comida na mesa, filho na escola, carrinho na garagem.

“Ain o dóllar tá alto…”, chora o bolsonarento. Quer ver pateta na Disney? Olha no espelho.

Chiliquentos de 64, 2014, 2024, mostrem a cara! Venham cá falar pra população que vocês trocam 213 milhões de brasileiros por helicópteros cheios de drogas. Venham!

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