Nasci branco. Do sexo masculino. Sou heterossexual. Sou baiano – o que me torna um nordestino que o sul às vezes nem vê como do Nordeste de fato – mas sou, oxente – com MUITO orgulho.

Tive sorte de nascer em um lar que me ofereceu boas condições, comida, educação.

Ou seja: sofri muito menos preconceitos que negros, mulheres, gays, paraibanos e pobres.

Defender nosso governo – ou pelo menos a legitimidade dele, mesmo que ele seja um desastre – me aproximou muito do convívio com a rejeição, com a agressão gratuita e com o julgamento diminutivo – que até então não existia em minha vida.

Portanto, convivo hoje com o preconceito, xenofobia (agora sim o baiano aqui virou um nordestino fodido de merda, finalmente) e xingamentos.

Percebi, sem querer, que por isso mesmo que eu sempre militei e me aproximei mais da esquerda: por rejeitar injustiças. Por aprender a respeitar minorias. Por desejar menos desigualdade social e mais acesso a quem não teve a sorte de muitos de nascer em condições melhores que outros.

Obrigado, fascistas.

Eu nem sabia que eu era petista. Ou Psol. Ou socialista.

Enfim…

Muito obrigado.

E Muito prazer.

Não vai ter golpe não, bebê. Bjs