Crise de Riso, solo com Talis Castro

Com casa lotada, o ator Talis Castro estreou seu primeiro solo Crise de Riso, em cartaz no Teatro do Sesi Rio Vermelho, até o dia 24 de setembro, sempre aos sábados e domingos, às 20h. O espetáculo, que tem dramaturgia de Daniel Arcades, vencedor pelo prêmio de melhor texto no Braskem de Teatro 2016, conta a história de um comediante em crise por não conseguir achar graça das próprias piadas.
“A peça tem um lugar de reflexão sobre a narrativa ofensiva de algumas piadas e os novos rumos do humor. Precisamos deixar para trás velhos hábitos que sabemos que não fazem mais sentindo dentro dos ideias de sociedade que queremos construir”, explica o ator.
Com um forte vínculo com a comédia durante seus 20 anos de carreira, Talis Castro conta que desde 2012 pensa e pesquisa sobre o tema. A montagem é um misto de narrativa dramática e stand-up comedy.
O espetáculo propõe uma reflexão sobre a crise ideológica que estamos vivendo enquanto sociedade e defende que não devemos nos apegar a ideias como se elas e nós não fossemos mutáveis.
“Tudo está em transição, sempre. Precisamos fortalecer transformações significativas em nossa sociedade, garantindo direitos e visibilidade de uma forma diversa e abrangente. As diferenças não podem ser motivo para diminuir uma pessoa ou grupo”, declara o ator.
Talis Castro interpreta vários personagens e para construí-las contou com a riquíssima preparação de Hilda Nascimento. “A encontrei em Pólvora e Poesia, dirigido por Fernando Guerreiro. Em Crise de Riso, ela me preparou na construção psicológica e corporal de cada persona”, explica o ator.
Perfil
Em outubro deste ano, o ator completa 20 anos de encontro com o teatro. Nascido em Ribeira do Pombal, interior da Bahia, no início da adolescência foi morar na capital onde aos 11 anos começou a fazer aulas de teatro na escola onde estudava por causa da avó Beatriz, que sonhava em vê-lo na televisão. “Eu nem podia imaginar que este caminho me levaria a encontros com tanta gente e tantas linguagens. Além do teatro, o cinema, a web e, como minha Vó sonhava, a televisão”, conta aos risos.
Além de ator, é publicitário, produtor, DJ, comediante, designer, apresentador e diretor. “Gosto de pensar que sou um movimentador cultural por que me interessam todas as formas de expressão da arte. Hoje me considero um ator não só porque este é meu principal trabalho, mas também porque é na arte que pulsa o meu propósito. Conheço bem o poder transformador do teatro e meu maior desejo é poder compartilhar essa transformação. Assim surgiu o meu encontro com o CRIA”, descreve.
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