Ensaio do Ilê Aiyê
Neste domingo (11), o bloco afro Ilê Aiyê abre temporada de ensaios com uma novidade: nesta edição os shows acontecem aos domingos, 14h. O local é o mesmo de sempre, Senzala do Barro Preto, e, claro, a banda anfitriã da festa é a Band’Aiyê.
O Ilê Aiyê já foi premiado diversas como o melhor bloco afro do Carnaval baiano, prêmios concedidos por críticos especializados. O mais antigo e famoso bloco afro do Brasil criou a sua própria banda, tendo como idealizador e produtor o internacionalmente conhecido Antonio Carlos Vovô, que já revelou vários artistas de sucesso na mídia, como Beto Jamaica e Lazzo.
A discografia do Ilê Aiyê, batizada com o nome de “Canto Negro”, é composta por 04 cds, sendo que o 1º e o 2º, na forma original em vinil, foram re-masterizado em CD. O Cd “IV Canto Negro” lançado em 1998 e produzido pelo produtor musical Arto Lindsay foi gravado em homenagem aos 25 anos do bloco com musicas que fizeram sucesso ao longo da trajetória da Banda. Mixado nos Estados Unidos. Numa crítica feita por Caetano Veloso recebeu os adjetivos de “fundamental” “obrigatório” “fonte de prazer e deleite”.
Pela Band’Aiyê já passaram grandes mestres da PERCUSSÃO baiana dentre eles destacamos:MESTRE BAFO (in memorian), MESTRE CARNEIRO, MESTRE ERON, MESTRE MUÇULMANO, MESTRE VALTER, MESTRE NEGUINHO DO SAMBA (in memorian), MESTRE SENAC, MESTRE PREGO (atualmente Meninos do Pelô), NINHA, ROBERTINHO ALAZARRÔ (in memorian), CARLINHOS BROWN, MESTRE RAFAEL (in memorian) E ADEMIR (atualmente Muzenza). Alem destes, milhares de percussionistas já passaram pela Band’Aiyê e deixaram um legado musical que hoje é referencia para a musicalidade baiana e mundial. Atualmente a Percussão da Band’Aiyê é composta por 100 músicos que são comandados pelos mestres: MARIVALDO PAIM, MARIO PAM e CARLOS KEHINDÊ.
A Banda Aiyê já deixou sua marca em participações nos Cds de diversos artistas consagrados no mundo da música e projetos musicais: Bjork (Finlandia), Yerba Buena (Cuba – EUA), Nass Marraketh (Marrocos), Daniela Mercury (Brasil), Arto Lyndsay (EUA), Martinho da Vila (Brasil), Projeto Salvador Negro Amor (Brasil), Teatro Villa Velha (Trilhas do Vila), Banda Mel, Igreja Rosário dos Pretos, Virgínia Rodrigues, 100 Anos de Tropicália (promovido pela Bahiatursa), Simone Sampaio, Morais Moreira, Arto Lindsay.
A DANÇA AFRO é uma das características fundamentais do Ilê Aiyê. O corpo de dançarinos é formado por aproximadamente 30 pessoas que são coordenadas pela Diretora e Estilista: DETE LIMA. A cada ano este número cresce, pois os (as) adolescentes oriundos (as) da Band’Erê são incorporados (as) ao grupo. Além disso, após o concurso da Deusa do Ébano, novas dançarinas se enquadram neste seleto grupo. Elementos da ancestralidade africana, guardados pelos Terreiros de Candomblé, são as bases que sustentam a dança afro do Ilê. Fundamentada no Ijexá, a dança afro encanta a todos que apreciam esta arte.
O jornalista Ben Ratliff , que esteve em Salvador no carnaval/99, escreveu uma matéria no dia 21/03, na capa do segundo caderno do suplemento Arts & Leisures, do jornal americano New York Times, com o título de “Hewing to both musical and racial roots in Brazil” (cortando as raízes musical e racial no Brasil) e estampa para o mundo a foto dos timoneiros da Band’ Aiyê.
A Band’ Aiyê está umbilicalmente ligada ao Bloco Carnavalesco Ilê Aiyê, sendo formada exclusivamente por artistas afrodescendentes que têm demonstrado que a música baiana não é feita só de axé music. Atualmente, comandada pelos cantores Iana Marucha, Jiauncy, Iracema Kiliane, Marcos Costa e Juarez Mesquita, a Band’Aiyê tem levado a música afro-baiana para grandes palcos do mundo.
Informações adicionais
Valor - R$ 30 (pista) e R$ 50 (camarote)
Contato -