Há violência no Silêncio?
Quem nunca sentiu raiva, ressentimento, culpa, omissão, inveja, descuido, quando a ausência da comunicação verbal passou a ser a resposta para algum comportamento?! Com a indagação “Há Violência no Silêncio?”, sete bailarinas expressam esses sentimentos compartilhando fragilidades e superpoderes por meio de performances artísticas. E é com esse tema que a proposição artística de dança contemporânea apresenta a quarta temporada do projeto Corpo em Casa, no Casarão Barabadá, no Santo Antônio além do Carmo, todas as quintas-feiras do mês de outubro (6,13,20,27) e no dia 03 de novembro.
Com seis cenas e uma hora de duração, a obra teve a primeira versão, em 2015, e passou por várias reconfigurações e aprofundamento na proposta cênica para a reestreia dentro do Corpo em Casa, em 2016. Mesmo renovada e com elenco composto por mais dançarinas, é possível perceber fortemente a essência onírica (o universo dos sonhos) e a dramaticidade expostas pelos movimentos das performers. O grupo de mulheres incorpora a força de super-heroínas expressando poderes sobrenaturais para fortalecer o empoderamento de mulheres, que se unem em comunhão e empatia diante dos conflitos e das tragédias da vida.
“Há Violência no Silêncio?” volta a acontecer no Barabadá – casario colonial antigo e amplo, uma residência artística, onde os espectadores percorrem os cômodos do local caminhando lado a lado junto às artistas- e também são convidados a provar algumas bebidas quentes e geladas durante a apresentação. Segundo a coreógrafa da obra e bailarina, Nirlyn Seijas, essa foi a maneira escolhida para que a plateia, que não possui somente o perfil de observadora, pudesse estar ainda mais próxima dessa encenação.
A performance surgiu a partir de diversas experiências corporais que remetiam a essa reflexão: por que as pessoas comumente são condenadas quando a violência é agressiva, e não, quando a violência é silenciosa? “A partir de estímulos, discussões, textos, músicas, o grupo foi se aprofundando nessa atmosfera de como a dor e a violência nos atravessa, e buscando entender porque a dor de uns tem mais ou menos visibilidade que a dor de outros. Essas questões são o pano de fundo que ajudaram a dar vida ao espetáculo”, explica Nirlyn Seijas.
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