Lavagem do “Bêco de Mamãe” – Ladeira da Preguiça
Lavagem do Beco de Mamãe
O Beco de Dona Jovem
Salvador Bahia 1912-1991 Dona Jovem foi uma das primeiras moradoras da Ladeira da Preguiça após abolição. Quando a elite burguesa expandiu para outros territórios e os negros descendentes dos que construíram a ladeira começaram a ocupar por direito os casarões.
Mulher pobre, negra, criou os seus três filhos exercendo a profissão de lavadeira por muitos anos, mulher perseverante e apesar das suas condições nunca perdia a alegria, cantava nas rodas de samba, nos carnavais saia mascarada e ninguém a reconhecia.
Na comunidade agia como agitadora cultural organizando festas juninas, Ternos de Reis e Santo Antônio. Seus filhos tornaram-se artistas, músicos, compositores, o que contribuiu ainda mais para promoção de atividades culturais na comunidade.
O Beco de mamãe.
Na década seguinte Dona Tânia moradora antiga da ladeira, retorna e ocupa o casarão do Beco de dona Jovem, fazendo daquele espaço um hostel para Travestis, desde então, Dona Tânia mostrou e demonstrou para toda a ladeira como respeitar a diversidade de gênero, ensinou a cada criança, geração pós geração a soletrar a palavra “respeito”.
A ladeira orgulhosa por tudo que tinha aprendido e tudo que aquelas mulheres representavam. Dona Jovem e Dona Tânia presas em uma única nomenclatura “Mamãe”. Assim surge o desejo de festejar tamanha representação contra a LGBTfobia e favor da cultura da Ladeira da Preguiça através de Ronaldão, Bilú, Tinho Pantera, Juquinha, Nelsinho (filho de Dona Jovem) e Gabriel, que juntos idealizaram e executaram por seis edições a Lavagem do Beco de Mamãe, interrompida em 2012. Hoje, Gabriel Silva coordenador cultural do coletivo “Que Ladeira é Essa” resgata essa manifestação cultural, consequentemente a história e identidade local.
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Valor - Gratuito
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