O Mercado Iaô volta a movimentar o cenário artístico e cultural da Península de Itapagipe a partir deste domingo (17). O projeto terá seis edições nesta segunda temporada: 17, 24 e 31 de janeiro e 14, 21 e 28 de fevereiro.  Quem abre o show do primeiro domingo é a banda Rede Sonora. Em seguida, Margareth Menezes subirá ao palco e contará com as participações de Gilberto Gil e Mateus Aleluia.

A programação do mercado, que reúne artesanato, gastronomia e música, terá início às 10h, na antiga Fábrica de Linhos Nossa Senhora de Fátima, na Ribeira, e se estenderá até as 20h. Os shows começam sempre às 16h. Até esse horário, a entrada será gratuita. Após as 16h, será cobrada uma taxa de R$ 10 ou R$ 5 (meia) pela entrada.

O espaço contará com 120 expositores – 100 de artesanato e 20 de gastronomia. A artista plástica Nadja Miranda assume a curadoria de artesanato nessa temporada e promete surpreender o público. “Criamos um espaço só para marcas baianas para que possam expor suas peças, inclusive, por meio de desfiles. Cada edição terá uma marca. A primeira a desfilar será a ByYosh, com uma proposta muito boa, de releitura de símbolos africanos”, conta.

Além do desfile, o Mercado conta com um espaço cativo para o artesanato da Bahia, como é sua marca. Esse ano, com destaque para os artesãos da Península de Itapagipe e uma galeria de arte para os artistas plásticos da região. Outra preocupação do Mercado é coma qualidade e design das peças. “Se os expositores são artesãos, os produtos precisam ser feitos à mão. Lá estarão produtos extremamente criativos e com uma abordagem mais sustentável”, revela a curadora.

A curadoria da ala gastronômica estará a cargo dos professores Adriano Caldas e Elmo Alves e sob direção da Chef Tereza Paim. O trio buscou valorizar a culinária da Ribeira e entorno. “Queremos revelar talentos que às vezes estão escondidos e dar formação para que os donos de bares e restaurantes locais produzam mais e melhor”, disse Tereza.

Um dos destaques será o bolinho de feijoada de Edson de Jesus, requisitado no Bar do Índio, na Boa Viagem. O cardápio do mercado também inclui salame de polvo, sanduíche ‘buraco quente’ e jaca na tigela. “Queremos fugir do modismo da comida importada. Vamos buscar, em cada prato, trazer a herança indígena, africana e portuguesa”, acrescentou Caldas.

Outra novidade da segunda temporada é o Espaço de Economia Solidária e Agricultura Familiar promovido pela Secretaria de Trabalho, Emprego Renda e Esporte (SETRE), através da Superintendência de Economia Solidaria e pela Secretaria de Desenvolvimento Rural(SDR). Os produtos comercializados neste espaço serão utilizados nas receitas dos chefs do Mercado Iaô, em aulas show para o público.

A primeira temporada do Mercado Iaô, iniciada em dezembro do ano passado, atraiu um público aproximado de 60 mil pessoas, nas 16 edições. A principal proposta do espaço, segundo a diretora de projetos da Organização Social Fábrica Cultural, Teresa Carvalho, é dinamizar a economia local.  “Esse segundo momento do mercado é de maturação. Queremos consagrá-lo como multiespaço de cultura, um grande mercado para movimentar a economia criativa da cidade”, afirmou.

Para Margareth Menezes, presidente da Fábrica Cultural, o projeto cumpre o seu papel, desde a inauguração. “O projeto tem uma aderência com a identidade da Península. Existe hoje a demanda real pelo retorno do mercado, da proposição de encontro, de exposição da produção rica que esse lugar possui, da cultura e arte… Será uma honra receber Gilberto Gil e Mateus na Ribeira”, comentou.

“O Mercado IAÔ reforça nossa missão de trabalhar com o desenvolvimento social e humano através de atrativos locais, para a cidade e para os turistas, fortalecendo a marca Bahia, a identidade de nosso povo. É importante destacar que o Mercado é uma construção coletiva e que contamos com o apoio da REDECAMMPI através das associações locais que participam com a gente na realização desse sonho”, afirma Jaqueline Azevedo Diretora Executiva da Fábrica Cultural.

Mercado Iaô

O Mercado Iaô é mais um projeto da Organização Social Fábrica Cultural, que há 11 anos atua na Península de Itapagipe, e tem como presidente a cantora Margareth Menezes. A multiplicidade de propostas artístico-culturais, o fomento ao empreendedorismo e o resgate da identidade cultural baiana são as linhas que desenham o conceito desse espaço, cuja proposta é funcionar como um centro de economia criativa, artes e entretenimento para os moradores de Salvador, com reflexo no turismo cultural baiano.

O projeto conta com o patrocínio da Prefeitura de Salvador, Bahiatursa, SETRE (Secretaria do Trabalho, Emprego e Renda), Coelba e Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Conta com o apoio do Sebrae, Detran, Ademi (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia), Rede Bahia, Instituto ACM, REDECAMMPI (Comissão de Articulação e Mobilização de Moradores da Península de Itapagipe), da Ferreira Costa, daSaltur (Empresa Salvador Turismo), Secom  (Secretaria de Comunicação Social do Estado), Agecom (Assessoria Geral de Comunicação da Prefeitura) e Secretaria de Cidade Sustentável de Salvador.