Samba da Resistência convida Mestre Ecinho do Acupe

Tradicional do recôncavo da Bahia, o samba chula estará no meio da roda do Samba da Resistência, no Espaço Cultural Rumo do Vento, através do grande Mestre Ecinho do Acupe. O cantador será o convidado especial da edição de novembro do evento liderado pelo mestre Seu Régi de Itapuã e pelo músico Pedrão Abib. Com muita reverência às manifestações culturais do Recôncavo, a roda será realizada neste sábado (15), a partir das 17h, na Praça do Coreto, no Alto da Bela Vista de Itapuã.
O quilombola, filho da centenária sambadeira Dona Maninha, se junta aos músicos Seu Régi de Itapuã, Pedrão Abib, Coutinho, Dudu Reis, Leto Oliveira, Ana Paula Oliveira, Neto Moska e Paulo Avelar. Gratuito e aberto a participações de artistas do público, o Samba da Resistência, produzido pelo Diversom, promete trazer muita tradição e animação para Itapuã.
Mesclando o samba tradicional com o samba chula, com espaço para outras variações do gênero, o repertório da noite será formado por composições dos dois mestres que estarão reunidos, Seu Régi de Itapuã e Mestre Ecinho do Acupe, além de homenagens a nomes importantes do samba da Bahia. A ideia é dar espaço para as manifestações culturais diversas, através de quem vive e transmite esse conhecimento ancestral.
O “Samba da Resistência” propõe um valor voluntário para ajudar nos custos do projeto, via Pix: 71 99327-5880 (sugestão: R$20).
QUEM É MESTRE ECINHO DO ACUPE
Nascido em 7 de fevereiro de 1951, na Fazenda Bela Vista, região quilombola do Vale do Iguape (Cachoeira/BA), mestre Ecinho é filho único da centenária sambadeira Dona Maninha (Eurides Bispo dos Santos). Quilombola e operário, dividiu a vida entre o trabalho no mato, na roça e na pesca, além de ter atuado como tratorista na agroindústria de dendê (Opalma) e em diversas indústrias e obras, principalmente em Salvador.
Na década de 1980, mudou-se de forma definitiva para o quilombo de Acupe, onde sustentou a família com a extração de piaçava e se firmou como figura importante na tradição popular. Foi ali que ganhou destaque como puxador de sambas, marchas e hinos nas Burrinhas de Ouro e da Saudade, ambas em Santo Amaro, sob o comando de mestres como Valentim Lopes e Nivaldo.
Formado na arte do grito da chula pelos mestres Leopoldo “Lió” de Souza e Antônio “Preta” dos Santos, Ecinho se tornou um dos grandes sambadores do Recôncavo Baiano. Em 2006, após o reconhecimento do Samba de Roda pela UNESCO, fundou o grupo Samba de Roda Raízes de Acupe ao lado de outros mestres e sambadeiras da comunidade. Hoje, é respeitado por sua maestria e por ser um dos últimos cantadores de chula de Santo Amaro, participando de grupos tradicionais como o Samba Chula de São Brás, João do Boi e Viola Rasgada.
O projeto “Rumo do Vento de Itapuã – Território de Resistência e Preservação” foi contemplado pelo edital Territórios Criativos – Ano II, com recursos da Fundação Gregório de Mattos, da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, da Prefeitura de Salvador e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), do Ministério da Cultura, Governo Federal.
Informações adicionais
Valor - Colaboração Consciente - Sugestão: R$ 20
Contato -