Feira de Santana recebe Festival do Beiju
As verdadeiras estrelas da festa são as beijuzeiras, que realizam nos dias 21 e 22 de outubro, durante todo o dia, no Centro de Cultura Amélio Amorim, em Feira de Santana, o “Festival do Beiju”, que além de mostrar toda a riqueza e versatilidade da iguaria, reúne manifestações da cultura popular de Feira de Santana e cidades vizinhas.
“O Festival surge para agregar valor à agricultura familiar, mostrando para o mundo como aquela roça de mandioca pode transformar vidas, através do trabalho e da criatividade em transformar o produto bruto em diversos tipos de gênero alimentícios”, diz Bernadete Anunciação, que divide a organização do evento com Lucy Anunciação. A entrada é gratuita.
Com foco na valorização das beijuzeiras, o evento vai contar com shows de Nilson Aquino (Irará), Beth Dias (Santo Estevão), Márcia Porto (Feira de Santana) Edvasco Carneiro (Feira de Santana), Lis Braga (Santo Estevão) e Escravos do Forró (Santo Estevão). O evento vai contar também com apresentações do poeta Quitute Coelho (Irará) e de outros poetas de Irará e do Portal do Sertão, além da exposição das fotografas Kau Santana e Lucy Anunciação.
A programação conta com a presença de expositores da agricultura familiar de outas cidades do Portal, agricultores e empreendedores do campo e urbanos, artesãos e artistas plásticos de Berimbau, como a artista que representa os povos originários, Ana Natália. Com o tema “Trabalhadores Rurais da Bahia: Série Beijuzeiras”, o Festival é um evento para toda a família, que valoriza a cultura local e seus artistas.
O que é o beiju
O beiju é uma iguaria tipicamente brasileira, de origem indígena e descoberta no estado de Pernambuco, feita com a fécula extraída da mandioca (substância farinácea também conhecida como goma da tapioca, goma seca, polvilho e polvilho doce). É um quitute muito comum nas regiões Nordeste e Norte do Brasil.
O Festival
O festival surgiu da iniciativa das produtoras Barnadete e Lucy Alves, em parceria com a comunidade do Candeal e associações rurais de Irará. “Em 2015 nós vimos a necessidade de valorizar mais o beiju, a mulher que faz o beiju. Aí a gente criou o Festival Cultural como um intercâmbio também entre cidades, entre mulheres que produzem beiju em várias cidades da Bahia. Esse é o objetivo, promover o beiju das mulheres de Irará e de outras cidades do estado”, explica Bel.