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Festival de Cinema de Trancoso encerra 7ª edição com impacto econômico regional

3 - 5 minutos de leituraModo Leitura

Evento atrai turistas, movimenta o comércio local e reforça o papel da cultura como motor econômico na região.

A 7ª edição do Festival de Cinema de Trancoso, realizada de 8 a 14 de dezembro de 2024, reafirmou sua posição como um dos principais eventos culturais do extremo sul da Bahia. Tudo isso foi possível graças ao patrocínio da Caixa Econômica Federal, do Banco do Nordeste, da Prefeitura de Porto Seguro, com a realização da Braxil Filmes, do Ministério da Cultura e da comunidade regional, que acreditam no poder transformador da arte e da economia criativa. “Investir em eventos como o Festival de Cinema de Trancoso é valorizar a cultura local e fortalecer o turismo”, destacou Flávia Barbalho, diretora do evento.

Homenagens que emocionaram

O festival também foi marcado por emocionantes homenagens a grandes personalidades que contribuem para a cultura e o cinema. Entre os homenageados, destacaram-se Zeca Brito, por sua contribuição ao audiovisual brasileiro; Yves Goulart, diretor do longa-metragem “Aldo Baldin”, que foi exibido no evento; Cláudio Costa Val, da Escola Livre de Cinema; Francis de Holanda, pelo trabalho transformador no Instituto Descobrir; Dan Hudson, diretor do documentário “A Voz do Gueto”; Junior Baeta, figura carismática e importante de Trancoso; e Tokie Sato, reconhecida pela sua histórica dedicação à gastronomia em Porto Seguro. A entrega do Troféu Pataxós simbolizou o respeito e a valorização das contribuições de cada um para a região.

Arte que movimenta a economia e a cultura local

O festival atraiu turistas de diversas partes do país, além de visitantes de regiões vizinhas como Arraial d’Ajuda e Porto Seguro, movimentando o setor turístico, com destaque para a hotelaria e a gastronomia. As projeções no histórico Quadrado de Trancoso, incluindo as paredes da Igreja São João Batista, tornaram o evento ainda mais especial, proporcionando experiências únicas que conectaram cultura e beleza natural. Segundo Francis de Holanda, homenageada no evento: “O festival não apenas valoriza a nossa história, mas também transforma Trancoso em um centro de referência cultural”. Já Yves Goulart destacou: “Exibir um trabalho como ‘Aldo Baldin’ aqui é uma oportunidade de inspirar e de criar diálogos entre culturas”.

Cultura local em destaque

Um dos grandes destaques deste ano foi a inclusão de filmes locais, como os 29 curtas-metragens produzidos por estudantes do Colégio Estadual de Trancoso, exibidos na Mostra Competitiva Escolar. A presença de obras regionais permitiu que os moradores se vissem representados na tela, promovendo um sentimento de pertencimento e levando a cultura de Trancoso para novos horizontes. “Ver a nossa história e tradições projetadas em um festival é emocionante. Isso fortalece nossa identidade cultural e inspira a próxima geração”, comentou Cláudio Costa Val, da Escola Livre de Cinema, que também foi homenageado com o Troféu Pataxós.

Os bastidores do sucesso: Flávia Barbalho

Sob a direção de Flávia Barbalho, o festival alcançou um novo patamar em termos de organização e impacto. Com anos de experiência promovendo eventos culturais na região, Flávia tem trabalhado incansavelmente para tornar o Festival de Cinema de Trancoso um ponto de encontro para artistas, cineastas e a comunidade local. Sua visão integra arte e desenvolvimento socioeconômico, consolidando o festival como um evento indispensável no calendário cultural da Bahia.

Uma programação rica e emocionante

O festival teve início no dia 8 de dezembro, com a abertura oficial e a exibição de “Dona Morena“, de Júnior Baeta, e do documentário “A Voz do Gueto“, dirigido por Dan Hudson, que destacou o trabalho do Instituto Descobrir. A programação se estendeu com masterclasses, mostras competitivas nacionais e internacionais, homenagens emocionantes e atividades culturais.

Entre os momentos marcantes, a Caminhada do Cinema na Praia, realizada no dia 12 de dezembro, uniu sustentabilidade e arte. Durante a atividade, os participantes coletaram lixo na Praia dos Nativos e, em seguida, transformaram os materiais em obras de arte coletivas, inspiradas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. “Essa caminhada nos faz refletir sobre como podemos unir cinema e responsabilidade ambiental em ações concretas”, comentou Flávia Barbalho. A ação foi muito elogiada por moradores e turistas, reforçando a conexão entre cinema e responsabilidade ambiental.

Encerramento marcante

O festival encerrou-se com chave de ouro com a exibição do longa-metragem “Pataxi Imamakã – Aldeia Mãe”, dirigido por Theo Bueno e Mônica Belo, uma produção que trouxe à tona a riqueza da cultura Pataxó e sua história como patrimônio de Porto Seguro.

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