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Aldeia Nagô
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Governador do Rio repete Milei como farsa ao desprezar arquivos da ditadura. Por Alvaro Costa e Silva

2 - 3 minutos de leituraModo Leitura

Publicado originalmenete na Folha de São Paulo de 13/01/2025

A pós-verdade está aí, quase palpável. Mas é bom dar uma força. Fechar institutos de memória, demitir pesquisadores, extraviar, deixar apodrecer e destruir documentos é método eficaz para engendrar uma nova versão dos fatos, mesmo que estes, em sua maioria, pareçam falsos e absurdos. No galpão das narrativas há sempre quem os compre e espalhe. Afinal, Hitler era comunista, garante Alice Weidel, líder do partido de extrema direita alemão apoiado por Elon Musk.
Durante a campanha que o levou à Presidência, Javier Milei já havia negado que a ditadura argentina tenha sido responsável pelo desaparecimento de 30 mil pessoas, como sustenta o Registro Unificado de Vítimas do Terrorismo de Estado. Pois agora, com pouco mais de um ano no poder, Milei não se limita a contestar fatos históricos em vídeos divulgados nas redes. Busca apagar a memória do país.

Cortes de servidores e recursos põem em risco o funcionamento do Centro de Memória Haroldo Conti e de uma série de atividades de pesquisa desenvolvidas num complexo de museus e institutos de direitos humanos que ocupam a antiga Escola de Mecânica da Armada, principal centro clandestino de detenção e tortura do regime militar.

No Brasil ocorre o mesmo. Mas com requintes de farsa. Documentos relacionados à prisão do deputado Rubens Paiva – que como o escritor argentino Haroldo Conti foi sequestrado e morto – estão esfarelando, de acordo com a denúncia de Victor Travancas, exonerado do cargo de diretor-geral do Arquivo Público do Rio de Janeiro pelo governador Cláudio Castro.

A instituição abriga 26 funcionários fantasmas, segundo Travancas, nomeado para o cargo em dezembro. As salas estão com o piso quebrado, há buracos no chão, rachaduras em pilares, fiação elétrica exposta. O Arquivo guarda toda a documentação do Dops desde os anos 1930, com registros do Estado Novo e do golpe de 1964.

“Que orgulho para o Brasil! Fernanda Torres fez história ao ganhar o Globo de Ouro”, postou Cláudio Castro. Ou ele não viu o filme “Ainda Estou Aqui”, que conta a trajetória de luta da família Paiva, ou passou óleo de peroba demais no rosto.

*Alvaro Costa e Silva
Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de “Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro”.

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