Mais da metade dos(as) empreendedores(as) brasileiros(as) – 52% do total – são pessoas que se autodeclararam pretas ou pardas, segundo levantamento Empreendedorismo por Raça-cor do Sebrae. O estudo, realizado em 2022, aponta que empreendedores(as) negros(as) ganham menos, têm menos escolaridade, empresas menores e trabalham mais sozinhos.

 Com o intuito de contribuir para mudar esta realidade e fortalecer o potencial deste segmento, o Instituto Assaí lança o programa Afronegócio. A iniciativa é um espaço para impulsionar o afroempreendedorismo no país, com uma diversidade de conteúdos focados nos desafios de pessoas negras em sua jornada para alavancar o próprio negócio no setor de alimentação.

Para celebrar o lançamento do projeto, o Instituto Assaí realizará o workshop “Da criação ao consumo: como planejar estratégias para seu negócio”, conduzido por Adriana Barbosa, CEO da PretaHub e idealizadora do Festival Feira Preta, para os(as) empreendedores(as) negros(as). A aula tem como objetivo desenvolver as etapas de criação, produção, distribuição e consumo, que contribuem para uma estratégia de negócio bem-sucedida. De forma gratuita e on-line, o workshop acontecerá no dia 06 de dezembro, das 19h às 20h15. As inscrições estão abertas até o dia 04/12, pelo site: https://www.academiaassai.com.br/eventos/workshop/estrategias-de-negocio

O projeto Afronegócio integra a Academia Assaí, programa de capacitação e fortalecimento de empreendedores que atuam no segmento de alimentação. São podcasts, notícias, entrevistas com especialistas, parcerias, além de dicas para diferentes formatos de negócios.

Como diferencial, o “Afronegócio” trará um olhar voltado à realidade de pessoas pretas e pardas, buscando diminuir lacunas sociais e dificuldades desse(as) micro e pequenos(as) empreendedores(as). Todo esse conteúdo pode ser acessado no endereço: www.academiaassai.com.br/afronegocio

“A população negra é a maior empreendedora do Brasil. Mas, ao mesmo tempo, também é a que tem menor acesso à educação e capacitação para tocar os desafios diários na gestão do próprio negócio. Nesse sentido, o projeto Afronegócio é uma continuidade natural do programa Academia Assaí, que há sete anos promove a capacitação gratuita para microempreendedores(as). Queremos incentivar cada vez mais o afroempreendedorismo e oferecer ferramentas para que esses negócios desenvolvam suas competências, a partir de conhecimentos específicos do setor alimentar e dentro de suas vivências e realidades”, comenta Sandra Vicari, Diretora Executiva do Instituto Assaí.

 Parceria com PretaHub

Um dos destaques da página é a coluna Afroempreender que é assinada pela PretaHub, com soluções relacionadas a experiência de pessoas negras, a fim de gerar identificação e representatividade. O calendário de atividades da PretaHub em parceria com o Instituto Assaí, como o Afrolab, Preta Degusta e diversos workshosps também estarão disponíveis na página.

“O Instituto Assaí é um dos principais parceiros da PretaHub no fomento ao empreendedorismo negro. Seu apoio em nossos projetos institucionais, bem como os com foco em gastronomia, vai para além do financeiro. O Instituto Assaí acredita nas pessoas, na cultura gastronômica que norteia a alimentação de milhares de brasileiros(as), no poder da comunidade negra e sua criatividade e no afronegócio,” Adriana Barbosa, CEO da PretaHub.

Após o lançamento, o Afronegócio deve contemplar novas organizações e se consolidar como um hub de conhecimento para pessoas negras que querem ou já estão empreendendo no ramo da alimentação. O desafio de enfrentar problemas estruturais é árduo. Por isso, a iniciativa da Academia visa promover, por meio do conhecimento e da educação, caminhos e debates para diminuir as desigualdades nos negócios.

 Representatividade no Prêmio Academia Assaí

Na 6ª Edição do Prêmio Academia Assaí 2023, mais de 80% dos(as) vencedores(as) regionais se identificaram como mulheres e 75% se autodeclaram como pessoas pretas e/ou pardas. Entre os(as) destaques fase nacional, mais de 80% dos(as) participantes se autodeclaram como pretos e/ou pardos.

 “Os dados nos mostram que a representatividade importa. Entendemos que a falta de modelos de negócios bem-sucedidos que se pareçam com eles(as) é um fator que impacta o desenvolvimento dos(as) empreendedores(as) negros(as) e, a ausência de mentores que compartilhem experiências semelhantes, pode tornar o caminho para o afroempreendedorismo ainda mais desafiador. O Afronegócio vem para contribuir com a transformação dessa realidade”, acrescenta Sandra.

 O prêmio é a principal iniciativa de reconhecimento e valorização de pequenos negócios da Academia Assaí, que se conecta com a frente de empreendedorismo do Instituto Assaí. O Instituto atua também com as temáticas de segurança alimentar e esporte para cidadania.

 Serviço:

Workshop Da criação ao consumo: como planejar estratégias para seu negócio

Ministrado por Adriana Barbosa, CEO da PretaHUB

Dia: 06 de dezembro

Horário: das 19h às 20h15

Inscrições online e gratuitas até o dia 04/12, no site:

https://www.academiaassai.com.br/eventos/workshop/estrategias-de-negocio

Sobre o Instituto Assaí

O Instituto Assaí é a organização social do Assaí Atacadista. Criado em 2022, ele mantém a tradição da Companhia em realizar ações sociais, entre elas o fomento a ao microempreendedorismo no setor de alimentos em regiões de vulnerabilidade social pelo Brasil. Assim, o Instituto nasce com o propósito de promover oportunidades e caminhos de prosperidade para o desenvolvimento de pessoas e de comunidades em todo o país. Isso é realizado por meio de iniciativas em: empreendedorismo, alimentação e ou esporte. Mais informações: www.assai.com.br/instituto.

Sobre PretaHub

A PretaHub é um Hub de criatividade, inventividade e tendências pretas. É o resultado de vinte e um anos de atividades do Instituto Feira Preta no trabalho de mapeamento, capacitação técnica e criativa, aceleradora e incubadora do empreendedorismo negro no Brasil. O Hub pensa a relação com a cultura, a economia e o empreendedorismo pretos, a partir de um olhar honesto e propositivo, entendendo seus papéis fundamentais na mudança estrutural de uma sociedade – e um mercado – que precisa absorver esta população não apenas em seus processos de consumo, mas no respeito à sua existência enquanto potência criativa e empreendedora.