Aldeia Nagô
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Mãe Stella De Oxóssi. Por Juca Ferreira

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Conheci mãe Stella de Oxóssi quando voltei do exílio, na década de 80. Algumas organizações ambientalistas haviam convocado uma manifestação no Parque São Bartolomeu, em defesa deste território importante historicamente – as

últimas batalhas pela independência se deram aí- e em termos ambientais -um dos últimos resquícios da Mata Atlântica dentro da cidade de Salvador- e muito importante para os candomblés da Bahia. Alguns rituais religiosos são feitos, aí, neste ambiente mágico.

Eu havia chegado cedo para receber os manifestantes e, para minha surpresa, a primeira pessoa a chegar foi Mãe Stella.
Conversamos por mais de meia hora enquanto esperávamos os demais manifestantes.

Aí começou essa relação de amizade e, da minha parte, de respeito e admiração pela grandeza, lucidez, generosidade e pela consciência da sua importância como sacerdotisa e líder espiritual para a comunidade baiana.

Quando Ministro de Cultura visitei o Ilê varias vezes, numa demonstração de respeito pelo significado da casa e pelo reconhecimento da grandeza de mãe Stella.

Mãe Stella de Oxóssi era admirável como zeladora das tradições religiosas e culturais afrodescendentes.

A Bahia, com sua morte, perde uma importante ativista pela dignidade do povo negro e por uma sociedade justa, igualitária, diversa, sem racismo nem discriminação.

Meus sentimentos por essa perda da toda a Bahia e para o Brasil e minha solidariedade e meu abraço fraterno em especial para seus familiares, entes queridos e toda a Comunidade do Ilê Opô Afonjá.

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