Maio Furta-Cor: Maria Marighella participa de marcha pela saúde mental de mães em Salvador.
Mobilização acontece neste domingo, 25 de maio, na orla da Barra.
A orla da Barra, em Salvador, será palco neste domingo, 25 de maio, da Marcha Maio Furta-Cor – uma mobilização em defesa da saúde mental materna. Com concentração às 8h no Morro do Cristo, a ação contará com a presença de Maria Marighella, presidenta da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e autora da Lei Municipal que institui o Maio Furta-Cor na capital baiana, e da secretária de Mulheres da Bahia, Neusa Cadore, propositora da versão estadual da lei.
A Marcha integra o movimento nacional Maio Furta-Cor, criado em 2021 para dar visibilidade às vivências da maternidade e aos desafios enfrentados por quem cuida, especialmente no que diz respeito à saúde mental. Neste quinto ano de campanha, o movimento comemora a conquista de mais de 150 leis aprovadas em todo o país, incluindo a Lei Municipal de Salvador nº 9.728/2023, proposta por Marighella, e a Lei Estadual da Bahia nº 14.887/2025, sancionada recentemente a partir da iniciativa de Cadore, colocando o tema no centro das políticas públicas. O evento é organizado pelas ativistas e representantes locais da Campanha de Incentivo à Proteção da Saúde Mental Materna, Yunna Bamberg, Silvane Vasconcelos e Ana Brandino.
A saúde mental materna é um tema de extrema relevância, especialmente diante da sobrecarga física, emocional e social enfrentada por mulheres em todo o país. Há um forte estigma social em torno das questões ligadas à saúde mental e, quando esse estigma se estende ao campo materno, ele é ainda mais acentuado. No entanto, assistimos a um alarmante crescimento dos casos de depressão, ansiedade e, infelizmente, suicídio entre as mães, o que exige uma resposta urgente e coletiva da sociedade.
“De um movimento de sensibilização social, somamos forças para criar uma rede de apoio para as mães baianas. A saúde mental materna precisa ser uma prioridade para a sociedade, um direito estabelecido em política pública permanente”, resume Maria Marighella. Na lei municipal de sua autoria, fica instituído que o Poder Executivo Municipal de Salvador, por intermédio dos seus órgãos implicados, organize ações de conscientização da população sobre a importância da saúde mental materna e de incentivo ao engajamento sobre o tema por órgãos da administração pública, empresas, entidades de classe e sociedade civil.
