Museu do Amanhã apresenta mostra audiovisual com presença do Cacique Raoni durante a SEMEIA 2024
Integrando a programação da SEMEIA – Semana do Meio Ambiente -, o Museu do Amanhã apresenta uma mostra audiovisual composta por produções em curtas e médias-metragens A entrada é gratuita, mediante a retirada de ingresso no Sympla, e todas as sessões serão acessíveis, oferecendo recursos como tradução em LIBRAS, legendas e audiodescrição.
O principal destaque será a estreia do minidocumentário “O Chamado do Cacique: Herança, Terra e Futuro”, de Lucas Ramos e Rafael Coelho, na quinta-feira, 6 de junho, às 16h. A exibição do filme contará com a presença de seu protagonista, o Cacique Raoni Metuktire, que é celebrado em sua luta em defesa dos povos originários e dos direitos humanos em geral.
Após o curta, haverá uma roda de conversa com a participação de Raoni, dos ativistas kaiapós Roiti Metuktire e Beptuk Metuktire (seus netos), do diretor do filme, Lucas Ramos, e do diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), André Guimarães. A mediação é de Fábio Scarano, curador do Museu do Amanhã. No total, a SEMEIA apresenta onze produções, todas elas sobre questões relacionadas à preservação da natureza e dos povos indígenas.
O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, quarta-feira, dá início à Mostra Audiovisual, com os curtas: “Maré Braba”, de Pâmela Peregrino; “Nhãndê Kuery Mã Hi’ãn Rivê Hê’yn”, de Dino Menezes; e o média-metragem “Floresta, um jardim que a gente cultiva”, de Mari Corrêa. A exibição é a partir das 14h, com curadoria da Ecofalante.
No dia 6, quinta-feira, a partir das 14h, a programação convida o público para assistir os médias-metragens “Floresta que você não vê”, de Andy Costa, e “Rionegrinas”, de Fernanda Ligabue e Juliana Radler, selecionados pela curadoria da Ecofalante. Em seguida, às 15h, um diálogo com a artista visual UÝRA e a filósofa Juliana Fausto sobre as diversas formas de sentir o mundo e a refletir sobre as nossas relações com os territórios em que habitamos. Às 16h, começa uma nova rodada da Mostra Audiovisual, com a exibição de “O Chamado do Cacique: Herança, Terra e Futuro”. Também serão apresentados o curta “Artesanato”, de Are Yudja, e o videoclipe “Refloreste-se”, de Matsi Txucarramãe. Após a exibição dos filmes, será aberta uma roda de conversa entre os convidados – entre eles o Cacique Raoni – e o público presente. A curadoria desta programação é feita em parceria com o IPAM.
Na sexta-feira, 7, os três últimos filmes da mostra serão exibidos a partir das 14h: os curtas “Mymba Guata”, de Manoela Rabinovitch, e “O T-Rex e a Pedra Lascada”, de Luã Ériclis e Equipe IMA; em seguida, para encerrar a programação audiovisual, “Vida Sobre as Águas”, média-metragem de Danielle Khoury e Marcio Isensee e Sá. A curadoria é da Ecofalante.
Além da Mostra Audiovisual, a SEMEIA – que vai até domingo, 9 de junho – contará com uma programação ampla e gratuita, destinada a toda a família. Entre os destaques, apresentações musicais, oficinas artísticas e educativas, rodas de diálogo, visitas mediadas, feira de produtos sustentáveis, além das exposições já em cartaz. Inscrições antecipadas através do Sympla.
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Mostra Audiovisual – SEMEIA 2024:
Quarta-feira, 5 de junho, 14h:
Maré Braba (Pâmela Peregrino, 7′)
Nhãndê Kuery Mã Hi’ãn Rivê Hê’yn (Dino Menezes, 12′)
Floresta, um jardim que a gente cultiva (Mari Corrêa, 42′)
Local: Observatório
Curadoria: Ecofalante
Acessibilidade: Legendas descritivas, Audiodescrição (15 aparelhos disponíveis) e Libras
Classificação: Livre
Inscrições Antecipadas no Sympla
Sinopses:
Maré Braba: Ela, que conecta a todos pelas suas águas, observa e opera as mudanças decorrentes do aquecimento global. O povo à beira-mar é o primeiro a sentir suas agitações e mudanças de humor. Ela sabe que os humanos estão se movendo para frear essas mudanças. Assim como ela sabe, que repetem uma antiga saga: alguns poucos prevalecendo sobre o grande restante, aprofundam os problemas criados por eles mesmos.
Nhãndê Kuery Mã Hi’ãn Rivê Hê’yn (Não Somos Apenas Sombras): O filme narra, em guarani, a história e os desafios atuais da aldeia indígena Paranapuã, localizada em São Vicente, no litoral de São Paulo, Brasil. O documentário propõe que indígenas se vejam em tela de cinema, como protagonistas da sua própria história.
Floresta, um jardim que a gente cultiva: O que tem a ver a vida das cidades com a vida dos indígenas? É uma luta ultrapassada? É uma luta primitiva? É uma luta para voltar ao passado? Floresta, um jardim que a gente cultiva propõe desconstruir, pelo olhar indígena em diálogo com a ciência, o discurso ainda vigente sobre povos indígenas e floresta amazônica, fruto da colonização que imprimiu uma narrativa que está na origem da destruição do meio ambiente.
Quinta-feira, 6 de junho, 14h:
A Floresta que você não vê (Andy Costa, 27′)
Rionegrinas (Fernanda Ligabue e Juliana Radler, 39′)
Local: Observatório
Curadoria: Ecofalante
Acessibilidade: Legendas descritivas, Audiodescrição (15 aparelhos disponíveis) e Libras
Classificação: Livre
Inscrições Antecipadas no Sympla
Sinopses:
A Floresta que você não vê: O documentário enlaça as histórias de luta e resistência de pessoas que enfrentam desafios para gerar renda e manter a floresta amazônica em pé. Essas pessoas se sentem parte da floresta. Vivem na região do Médio Xingu, importante área da Amazônia brasileira que enfrenta grande pressão de desmatamento em função do garimpo, da extração de madeira, da pecuária e da monocultura. Defendem modos de vida que, adaptados às novas realidades, abrigam saberes e conhecimentos preciosos para o cuidado com a floresta, aliado ao desenvolvimento da bioeconomia.
Rionegrinas: A luta das mulheres indígenas por espaço, território, renda e sustentabilidade, desde as roças até as universidades, da casa-território aos cargos públicos.
Quinta-feira, 6 de junho, 16h:
O Chamado do Cacique: Herança, Terra e Futuro (Lucas Ramos e Rafael Coelho, 13′)
Artesanato (Are Yudja, 8′)
Refloreste-se (Matsi Txucarramãe, 6′) – videoclipe
* Exibição dos filmes + sessão de debate
Local: Auditório
Acessibilidade: Legendas PT-BR e Intérprete de Libras
Classificação: 10+
Inscrições Antecipadas no Sympla
Convidades: Cacique Raoni, Roiti Metuktire, Beptuk Metuktire, Lucas Ramos (diretor do filme) e André Guimarães, diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).
Parceria: IPAM
Mediação: Fábio Scarano (Museu do Amanhã)
Sinopse:
O Chamado do Cacique: Herança, Terra e Futuro: O documentário celebra a jornada do cacique Raoni em defesa dos direitos humanos enquanto destaca a oportunidade de diálogo entre os povos indígenas e não indígenas. Ilustra também as histórias pessoais que revelam a importância dos povos originários e trata das ameaças aos seus direitos e cultura. Além disso, aborda a transição para uma nova geração de líderes e o surgimento de lideranças das mulheres indígenas.
Artesanato: Dirigido por Are Yudja, explora o rico legado dos povos do Alto Xingu através de suas artes. Narrado pelas vozes de quatro artesãos, o filme destaca a transmissão de conhecimento de geração para geração, enfatizando a importância de manter vivas essas práticas para a preservação da identidade, da memória e da cultura indígena. Ao documentar a sabedoria incorporada nos belos artesanatos dos povos do Xingu, o curta é um testemunho poderoso da resistência cultural e um chamado à valorização das ricas tradições que formam o tecido da diversidade brasileira.
Sexta-feira, 7 de junho, 14h:
Mymba Guata (Manoela Rabinovitch, 4′)
O T-Rex e a Pedra Lascada (Luã Ériclis e Equipe IMA, 16’)
Vida sobre as Águas (Danielle Khoury e Marcio Isensee e Sá, 30′)
Local: Observatório
Curadoria convidada: Mostra Ecofalante
Acessibilidade: Legendas descritivas, Audiodescrição (15 aparelhos disponíveis) e Libras
Classificação: Livre
Inscrições Antecipadas no Sympla
Sinopses:
Mymba Guata: Bichos da Mata Atlântica atravessam seu território para encontro na Opy (casa de reza Guarani Mbya) da Terra Indígena Rio Silveira.
O T-Rex e a Pedra Lascada: No Condado da Lua corre uma lenda antiga sobre um espírito guardião adormecido na raiz de uma árvore à beira do rio. Ganga, Tule e Dara descobrem uma forma de despertá-lo.
Vida sobre as Águas: Um documentário que celebra a arquitetura única das comunidades ribeirinhas da Amazônia. Das casas sobre palafitas às moradias flutuantes, o filme destaca as adaptações engenhosas para lidar com as paisagens inundadas desafiadoras e sempre em transformação das planícies fluviais amazônicas brasileiras. Através de narrativas íntimas de moradores e construtores locais, o documentário revela as técnicas de construção coletiva que materializam uma arquitetura territorialmente integrada, construída em harmonia com o ambiente da Bacia Amazônica e profundamente enraizada no rico patrimônio da região.
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Sobre o Museu do Amanhã
O Museu do Amanhã é gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo. Exemplo bem-sucedido de parceria entre o poder público e a iniciativa privada, o Museu conta com o Banco Santander Brasil como patrocinador master, a Shell, Grupo CCR e Instituto Cultural Vale como mantenedores e uma ampla rede de patrocinadores que inclui ArcelorMittal, Engie, IBM e Volvo. Tendo a Globo como parceiro estratégico e Copatrocínio da B3, conta ainda com apoio de Bloomberg, Colgate, EGTC, EY, Granado, Rede D’Or, TechnipFMC e White Martins. Além da DataPrev apoiando em projetos especiais, contamos com os parceiros de mídia Amil Paradiso, Rádio Mix e Revista Piauí e Assessoria Jurídica feita pela Luz e Ferreira Advogados.
Sobre o IDG
O IDG – Instituto de Desenvolvimento e Gestão é uma organização social sem fins lucrativos especializada em conceber, implantar e gerir centros culturais públicos e programas ambientais. Atua também em consultorias para empresas privadas e na execução, desenvolvimento e implementação de projetos culturais e ambientais. Responde atualmente pela gestão do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, Paço do Frevo, em Recife, e Museu das Favelas, em São Paulo. Atuou ainda na implantação e na gestão do Museu do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Como gestor operacional do Fundo da Mata Atlântica e como realizador das ações de conservação e consolidação do sítio arqueológico do Cais do Valongo, na região portuária do Rio de Janeiro. Também foi responsável pela concepção e implementação do projeto museológico do Memorial do Holocausto, inaugurado em 2022 no Rio de Janeiro. Saiba mais no link.