Que Bolsonero defende a ditadura, especialmente militar, já está muito muito claro, não só pelas suas declarações em defesa do “golpe de 1964”, e seus penduricalhos autoritários, como o AI-5, cuja memória será sempre maldita para todos os democratas, bem como pela nomeação de membros das forças armadas, principalmente do exército, para milhares de cargos e funções no seu governo, chegando a ultrapassar até mesmo os números do período citado, que é sistematicamente elogiado por muitos dos seus familiares, ditos e tidos, como as mais representativas expressões políticas do seu grupo.Entrementes, o que nos parece mais assustador é que este desvio de comportamento, que deveria ser mais tema para discussões entre profissionais da área das “psi”,( inclusive “átrica”), tendo em vista sua expulsão do Exército, questão tão mal resolvida que o prende ainda as “taras da farda”, tem se revelado numa “política militarista”, basta ver a escolha de seus vices, que indicam uma busca/ligação com esses setores, que, pretensamente, devem lhe prestar “continência” num pretendido, e cada vez mais provável “golpe de estado”.

Outro aspecto relevante de sua (de) formação militar é a fixação em datas cívicas, como o “7 de setembro”, passado, assim como o atual “21 de abril” presente, em que essas oportunidades se prestam a confrontos com o Judiciário, inclusive com declarações e manobras explícitas de desobediência as suas decisões, por métodos pouco ortodoxos e, claramente, fora da lei, como no presente caso do “indulto ao deputado transgressor”, punido por acusações irresponsáveis e ameaças físicas a juízes da Suprema Corte, inclusive com insinuações ao seu fechamento, semelhante ao que aconteceu no seu tão admirado AI-5.

Enfim, neste processo terrivelmente ameaçador a democracia, a base fundamental, e sua mais provável explicação, estão nas constantes acusações, infundadas e repetitivas, as máquinas de votação eletrônica, criação nacional e respeitada em todo o mundo livre, mas que no seu caso, já aparecem como uma provável desculpa para sua anunciada derrota eleitoral, no próximo pleito para presidente, conforme apontam as mais variadas pesquisas, dos mais diversos institutos, e aí, então, só lhe restará a alternativa do golpe, com o decisivo apoio de “seus militares”, posto que o respeito as normas e leis da democracia, não faz parte de sua cultura e visão de mundo.E o que estão a fazer as autoridades, ditas e tidas, como responsáveis?

24/04/2022.

Sérgio Guerra.

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