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O que interessa a eles. Por Walter Takemoto

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Walter-Takemoto

Nas redes sociais grande parte das pessoas duvidam da veracidade do atentado contra a “coisa”, segundo os institutos que monitoram o assunto.

A diferença entre os que tratam o atentado como sendo responsabilidade da esquerda e os que afirmam que é consequência do ódio pregado pela “coisa” é pequena.

O que me parece que vai ser disputado daqui para a frente, a partir desse episódio, é o uso do mesmo para tentar reduzir a rejeição do eleitorado a candidatura da “coisa”, que supera 60% o que o inviabiliza eleitoralmente, pois, segundo os especialistas, qualquer candidato que ultrapassa 40% de rejeição está praticamente inviabilizado de vencer qualquer eleição majoritária.

E a candidatura da “coisa” sustentada no discurso de ódio, mobilizada por setores reacionários e fundamentalistas, enfrenta um problema: como se colocar como vítima, indefeso diante de uma única pessoa com uma misera faca, apesar de cercado por seguranças, quando até então era o herói, o militar preparado para derrotar facções, os comunistas, os terroristas da cidade e do campo que querem destruir os valores da pátria?

Se a “coisa” aparecer dizendo que “nunca fez mal a ninguém”, que foi atacado covardemente, indefeso, como reagirão sua turba de fanáticos e sedentos de sangue dos vermelhos?

E se voltar pregando o aumento do ódio, o que dirão os senhores do mercado, a gente fina e perfumada, os barões da mídia, que precisam de controle social, de aceitação internacional para a especulação financeira?

Por outro lado, estamos nós, os que defendem uma saída para o golpe com a hegemonia dos trabalhadores e do povo, também diante de um problema: como vamos fazer a disputa política da grande maioria da população sem que se amplie a luta pela liberdade do Lula e a campanha do nosso candidato a presidente, se a direção do PT, e o próprio Lula, não definem já se vamos “até o fim” com o Lula candidato ou se a nossa candidatura será Haddad e Manuela?

Parece pouco mas não é.

Nos comitês eleitorais quem quer fazer campanha pela libertação do Lula e a sua candidatura não encontra um só panfleto do Lula, uma única praguinha ou bandeira do Lula.

E a resposta é sempre que “o material chegará” daqui uns dias. E os dias passam e não chegam.

Na verdade o partido está esperando essa definição.

Me parece que essa definição deve ser para já, se é Haddad e Manuela, que se defina imediatamente, pois o prazo para a campanha é curto e temos que colocar a militância nas ruas para ganhar o apoio popular ao candidato do Lula. E claramente dizer para todos: a nossa luta é pela libertação do Lula, preso político, que só não é candidato porque venceria a eleição no primeiro turno, e se Lula não é o candidato, quem ele apoia é que temos que eleger.

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