O grupo feirense Cia Única de Teatro apresenta “Akoko Lati Wa Ni – Tempo de Ser”, no sábado 11, às 19h, com entrada gratuita

O Oyá Ladê Inan Ponto de Cultura traz para Alagoinhas o espetáculo “Akoko Lati Wa Ni – Tempo de Ser” do grupo feirense Cia Única de Teatro, com direção da dramaturga alagoinhense Onisajé. A peça conta a história de Dofona, Dofonitinho e Famo, três yawôs e estudantes de teatro que, em vias de montar a peça de formatura, vão ao terreiro de Candomblé pedir à Yalorixá que pergunte a Iroko, o Orixá do Tempo, como se pode ter tempo para ser em um mundo no qual tempo é, praticamente, um privilégio. A apresentação faz parte da programação do projeto ILÊ – QUILOMBOS CONTEMPORÂNEOS, e acontecerá neste sábado, dia 11 de outubro, às 19h, na sede do Oyá Ladê Inan Ponto de Cultura, no bairro de Santa Terezinha. O acesso é gratuito.

Como os jovens negros, que são os principais alvos da violência no país, podem desviar das balas do racismo para terem o direito a envelhecer? E na luta para envelhecer, como ter tempo para ser e não apenas para produzir e consumir? Nessa corrida pela vida – e por Tempo -, eles mergulham em suas identidades negras orientados pela Yalorixá, enfrentam a professora Clássica que quer enquadrá-los num teatro colonizador e encontram-se com o orixá Iroko. Música, teatro, dança e poesia contam a história dessa peça escrita e encenada por Onisajé que, por meio da poética do Teatro Preto de Candomblé, escreve uma dramaturgia afromítica a qual nomeia como Macumdrama.

O elenco da peça é formado pelos atores feirenses Aninha Pinheiro, Júlia Lorrana e Júnior Dias; na assistência de Direção e Direção de Movimento, Fabíola Nansurê; na Direção Musical e Trilha Sonora, Jarbas Bittencourt; Direção de Arte, Guilherme Hunder; Desenho de Luz de Nando Zâmbia; na Direção de Produção, Luiz Antônio Sena Jr.; Produção Executiva, Gabriela Marques; e Registro Fotográfico de Gabriel Lima.

O projeto ILÊ – QUILOMBOS CONTEMPORÂNEOS foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia, e têm apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Para conferir a programação completa do projeto, siga o Oyá Ladê Inan Ponto de Cultura no Instagram (@oyaladeinan).

Oyá Ladê Inan – Reconhecido pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) como Ponto de Cultura, o terreiro Ilê Axé Oyá Ladê Inan desenvolve, desde a sua inauguração em 2008, ações de resgate, preservação, celebração e visibilidade da cultura negra afro-brasileira, em Alagoinhas. Através de criações e apresentações teatrais, musicais, de dança, performances e artes integradas, o terreiro tem sido um polo de construção e realização das artes negras referenciadas no território Litoral Norte e Agreste Baiano. Reduto de artistas, entre os seus filhos e filhas estão a dramaturga Onisajé, os atores Nando Zâmbia, Ofalowo e Thiago Romero, as atrizes Fabíola Nansurê e Camila Odô Labá, as artistas visuais Tina Melo e Taynan Manosso, o cantor Lui, além do produtor cultural Ominjarê.

SERVIÇO

ILÊ – QUILOMBOS CONTEMPORÂNEOS

Espetáculo “Akoko Lati Wa Ni – Tempo de Ser” – Cia Única de Teatro

Bate-papo com a dramaturga Onisajé

11 de outubro (sábado) – 19h

Local: Oyá Ladê Inan Ponto de Cultura – Santa Terezinha

Entrada franca

Mais informações: https://www.instagram.com/oyaladeinan/

Divulgação

Fotos: Gabriel Lima