Aldeia Nagô
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Teatro Vila Velha apresenta espetáculo solo e mostra da oficina de dança do artista e pesquisador africano Anani Sanouvi no Museu de Arte da Bahia

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Nascido no Togo, o criador e performer transmídia pesquisa os entrecruzamentos entre movimento, som, imagem e presença, abrindo um espaço político para formas de ser e saber que resistem aos enquadramentos coloniais

O ano era 2022, no mês de celebração da dança mundial: abril. Em um dos mais importantes e maiores festivais do Norte-Nordeste do Brasil: o VIVADANÇA Festival Internacional. Foi nele, quando o projeto expandia suas conexões com o continente africano, que o dançarino, coreógrafo, educador e criador transmídia Anani Sanouvi se apresentou, virtualmente, pela primeira vez. Três anos depois, este elo se materializa, presencialmente, em parceria com o programa O Vila Ocupa o MAB e a Universidade das Artes de Berlim, com uma sessão única do espetáculo solo “e’tome”, no Museu de Arte da Bahia, dia 11 de setembro, às 19h30; ressaltando que no mesmo dia e local, às 10h, será apresentada a mostra da oficina de dança, intitulada “Curversas”, que o artista orientou com grupo da universidade LIVRE Vila em formação pelo projeto TEMPO: Disseminação Cultural e Inclusão Social no Teatro Vila Velha, iniciativa esta que tem a parceria com a Fundação Banco do Brasil. Ambos com entrada gratuita. 

Sobre o nome escolhido para o espetáculo solo, ‘e’tome’, Anani Sanouvi explica que o título é resultado da junção de duas palavras que em éwé (uma das principais línguas do Togo) significa “um recipiente côncavo, no qual os ingredientes são batidos ou moídos”. Numa analogia ocidental, o coreógrafo entende que esse “e’tome” pode ter sua correspondência como uma roda de dança, onde os participantes interagem e vão convidando outras pessoas a entrar no círculo; destacando que a superfície onde essa roda e o solo acontecem não são planas. Pensada dessa forma para tornar curvas e sinuosas nossa noção de tempo, subvertendo o tempo cronológico e abrindo a compreensão de uma temporalidade multidimensional. 

Nascido no Togo, Anani Sanouvi passou a infância no Gabão, morou no Senegal, na Bélgica, na Holanda e no Brasil, e atualmente reside em Portugal. Recebeu reconhecimento internacional como laureado da UNESCO, do África Center, do Instituto Sacatar e do Prêmio Rolex Mentor & Protégé, e seu trabalho foi apresentado em diversos espaços ao redor do mundo. É mestre em Artes Plásticas-Dança pelo Bennington College e criou a pedagogia “Multi-Tradução” e a tecnicidade “Agama-Fo”, com as quais ministrou cursos e workshops em várias universidades, bem como em companhias de dança e teatro em vários países. Além disso, participou de seminários e conferências de destaque em diversas instituições. Desde 2023, é pesquisador na Graduate School da Universidade das Artes de Berlim.

O VILA OCUPA O MAB: Seguindo o movimento de expansão e conexão, o Teatro Vila Velha ocupa o Museu de Arte da Bahia com apoio financeiro do IPAC, fortalecendo os espaços culturais da cidade.

O espetáculo e a oficina de Anani Sanouvi têm o apoio da Escola de pós-graduação do Centro de Berlim para Estudos Avançados em Artes e Ciências (BAS), Universidade das Artes de Berlim (UDK). 

Para ficar atualizado e bem informado sobre todos os eventos e projetos, acesse o instagram @teatrovilavelha e o site www.teatrovilavelha.com.br e acompanhe as novidades da programação. 

O Teatro Vila Velha conta com apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.

SERVIÇO:

“Curversas” – mostra da oficina com o criador transmídia Anani Sanouvi

Data: 11 de setembro (quinta-feira). Horário: 10h

Local: Museu de Arte da Bahia – Av. Sete de Setembro, 2340 – Corredor da Vitória, Salvador – BA. 

Entrada gratuita 

Espetáculo de dança “e’tome” com o criador transmídia Anani Sanouvi

Data: 11 de setembro (quinta-feira). Horário: 19h30

Local: Museu de Arte da Bahia – Av. Sete de Setembro, 2340 – Corredor da Vitória, Salvador – BA. 

Entrada gratuita 

FICHA TÉCNICA – espetáculo “e’tome”

Criação: Anani Sanouvi 

Composição sonora: Anani Sanouvi

Cenografia Digital: Kawin Luana Sanouvi e Christiane da Cunha

Produção: Kawin

Financiamento: Escola de pós-graduação do Centro de Berlim para Estudos Avançados em Artes e Ciências (BAS), Universidade das Artes de Berlim (UDK) 

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