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Teime, meu filho, teime. Por Palas Atena

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Pelas_Atena

A mídia não criou nenhum apelido popular, em “ão”, como mensalão, petrolão, para as chamadas de capa ao noticiar a ladroagem do genocida e sua quadrilha. Não tem recursos gráficos, imagens escuras, rostos caricaturais, dinheiro jorrando, nada.

Os jornais e portais usam a palavra “desvio”, como se fosse um vaso que o genocida e sua quadrilha tiraram da sala e puseram no corredor, um lugar indevido. Desvio é isso. Não há página inteira de jornal com fotos da quadrilha, como ostentavam as fotos de Lula, Dilma, líderes do PT ligando-os a malas de dinheiro. 
O que o genocida e sua quadrilha cometeram foi roubo, apropriação de bens da União, bens esses que têm toda cara de propina pela entrega de refinarias do país aos árabes em privatarias mais do que escusas.  No Relatório da PF, o genocida é identificado como “chefe de uma organização criminosa” e, nesse caso, não se trata de uma peça de propaganda para incriminá-lo como foi o power point do lavajateiro corrupto, deltan dallagnol. 
Juristas sérios, que defendem o devido processo legal, como Pedro Serrano, Kakay, Augusto Botelho, dizem que o relatório da PF tem uma quantidade grande de provas, é técnico, resultado de um trabalho de investigação mesmo. 
Diferentemente das acusações contra Lula, José Dirceu e outras lideranças do PT, até d. Marisa, a PF reuniu provas, não se baseou somente em delações premiadas. Há a materialidade das provas (recibos, fotos, movimentação financeira). Ninguém foi coagido a delatar imputando falso crime ao genocida. 
Os delatores, como mauro cid, foram participantes dos crimes, têm suas digitais neles. O próprio genocida assumiu que não só sabia, como também esteve envolvido nas negociatas com as joias. 
Nada disso é suficiente para  a mídia oligárquica fazer jornalismo e chamar o crime pelo seu nome: roubo do patrimônio da União. Não há uma só matéria investigativa de repórteres. O jn nacional, que dava meia hora de matérias sobre o mensalão, a lava jato,  todo santíssimo dia, deu menos de quatro minutos para a denúncia da PF sobre o roubo das joias. 
Se o genocida, um punguista de quinta, e sua familícia roubaram joias, imaginem o que não fizeram paulo guedes (raposa do mercado financeiro que tinha a chave do cofre e um contínuo seu no BC) e as forças armadas? Cadê general heleno, general braga netto e outros copa e cozinha com o genocida? 
Não podemos esquecer que o avião presidencial foi usado para transportar não só joias roubadas, mas também cocaína. O que mais traficaram aproveitando-se da imunidade diplomática, em que aeronaves presidenciais não são revistadas, malas não passam por controle como as os simples mortais em aeroportos? 
A mídia está preservando completamente o genocida porque é preciso continuar a deixar o governo Lula nas cordas, é preciso impedir o desenvolvimento do país, é preciso alimentar o monstro da “polarização”, com um fascismo ultravitaminado. Sem pressão midiática, o genocida e sua quadrilha vão se safar.

O negócio é que, para essas oligarquias midiáticas, jurídicas, enquanto o fascista cara de chapisco, tarcísio de freitas, precisar do genocida para se firmar como “terceira via”, o genocida e sua quadrilha estão a salvo.

O genocida será poupado, continuará livre, leve e solto para articular o retorno do ultraliberalismo, que é a face econômica do fascismo, nas eleições, apesar de não ter o mesmo poder de antes.
É por isso que o governo Lula (não todos os ministros, of course) é um milagre. Imaginem se o presidente pudesse governar, tendo uma oposição racional, uma mídia comprometida com a informação de fato?
Ontem, no programa Desinformação & Política, o professor Eugênio Bucci falou o óbvio que, como diz Clarice Lispector, é a verdade mais difícil de enxergar. No contexto atual, a desinformação, com tudo que isso representa, incluindo a cultura do ódio, é o verdadeiro poder.
Estamos sob o jugo da desinformação, da bestialização do público, da normalização do fascismo. Mesmo assim, Lula consegue mover-se nesse lodo e fazer o país avançar, enfrentando inclusive o antipetismo e o antilulismo de grande parcela do campo progressista. Não é pouco não.

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