Aldeia Nagô
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Um documentário sobre Franco Barreto e o seu “Quintal do Raso Da Catarina”: O Bar. Por Sergio Guerra

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Neste domingo, 16 de julho, a partir das 16 horas, participamos com muita alegria e saudade de uma nova gravação, em formato figuração de uma “invasão” do “Bar Quintal”, posto que somos do tempo heróico em que os comunistas, promoviam ações, assim, com

este nome como as dos “Alagados”, e principalmente as “invasões da Liberdade”, nome até poético do  grande bairro soteropolitano, de onde teria saído um número significativo dos votos que elegeram Carlos Marighella, grande líder do Partido Comunista, Deputado Federal, Constituinte em 1946, depois amansadas com o nome de “ocupação”, para fugir da repressão que criminalizara as “invasões”.

Vale lembrar o filósofo marxista Gramsci que dizia que, de repente, toda a luta de classes se explicita em uma ou duas palavras, assim, a “invasão” é de uma “propriedade privada”, portanto uma ação “criminalizada”, logo em seguida, pela burguesia brasileira, em lei própria, enquanto “ocupação” é de uma “terra socialmente improdutiva”, deste modo, passível de ser “desapropriada” para que tenha “função social”, uma das condições básicas e justificativas para que sua propriedade tenha eficácia jurídica e garantia constitucional.

Vale lembrar que nestes últimos 20 e poucos anos, depois que Franco Barreto foi despejado, e vive sob a administração de Jorge e a “sócia”, o original “Bar do Quintal do Raso da Catarina”, nome poético e indicativo de suas origens catingueiras e sertanejas, deste “último reduto de Lampião”, por razões comerciais e possíveis problemas jurídicos, passou a ter o nome reduzido para “Quintal”, simplesmente, além de contar com o “auto-exílio deliberado”, por mais de 20 anos, do seu fundador e de um número razoável de fiéis de seu séquito de boêmios e notívagos, o que só veio desaparecer quando do lançamento do 1º volume de nossas “Memórias do Bar…”.

Esta “invasão” foi muito bem organizada pela “produção” sob o comando de Dody, posto que foi combinada até uma paralisação do trânsito, (a democracia é outra coisa!), para que o “séquito de Franco Conselheiro”, viesse de perto do “Hotel da Bahia” e “invadisse o Quintal, ocupando seus balcões e mesas e degustando seus príncipes malucos”, além das especiarias do “Sindicato da Cachaça”, função recém adquirida sob esta “Nova Direção” da casa. Salve Jorge! Assim, o velho “Bar do Quintal do Raso da Catarina” se travestiu do novo “Quintal” e quase ninguém reclamou de nada!

Mesmo assim, algumas “faltas foram muito mais sentidas”, pois a inexorabilidade do tempo as fazem eternas, para @s “apressadinh@s”, @s adoentad@s e @s medros@s da “leis seca”, da distancia e de outros compromissos, como o do “Espaço Etílico Cultural Pasárgada de Juvená”, agora sob a “Velha Direção de Dôia”.

Entretanto, o que já nos foi de bom tamanho, esteve presente um feliz e meditabundo Franco Barreto, sempre acolitado por Camacam, que, muito obviamente cantaram o mundo de Carlos Sampaio, no tradicional “Chove inconseqüente na província, vesperal de inverno…”. Contamos com a presença de Jacquinho que me apresentou o “Bar do Quintal do Raso da Catarina”, lá nos idos de 1979, além de Valmir Rocha e Wilson Aragão. Agora, sucesso mesmo foi a performance do “guri” Lustosa que foi lançado como violinista, herdeiro tardio que é do velho Nogueira, eternamente registrado na gratidão e lágrimas saudosas de Geováh de Carvalho.

E paro por aquí, para não ficar cansativo, chato e chorão. E no mais é esperar que “zôrra vai sair” do mundo de gravações realizadas pela diligente, eficiente e simpática equipe sob a direção do nosso querido Dody e como sempre dizia o nosso poeta e pastor, Franco Barreto: Beberemos e não Morreremos.

Sérgio Guerra
Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador.
Conselheiro Estadual de Educação – BA.
Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia.

Presidente do Instituto Ze Olivio  IZO

Cronista do site “Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina”.

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