Aldeia Nagô
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Voto útil para presidente? Por Walter Takemoto

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Walter-Takemoto

Tenho amigas e amigos (poucos) defendendo que o voto de esquerda para presidente não pode ser o Haddad, pois Ciro é quem tem condições de derrotar a “coisa” e qualquer outro candidato no segundo turno.

Respeito a opinião que estão manifestando, mas não concordo.

Vamos aos fatos:

– Segundo pesquisas de intenção de votos, 20% dos eleitores dizem conhecer “muito bem” o Haddad e 27% “só ouviram falar dele”, que só passou a ser candidato oficialmente semana passada;

– No nordeste 35% dos eleitores declaram não conhecer Haddad e no norte 40%, regiões onde o eleitorado do Lula é a maioria, por exemplo 49% dos eleitores nordestino dizem votar com certeza em quem o Lula indicar e 15% que talvez o fizessem, enquanto que no norte esses índices chegam a 42% e 13% respectivamente. Ou seja, o potencial de crescimento do Haddad nos próximos dias no norte e nordeste é grande;

– Não é por outro motivo que em menos de 14 dias Haddad passou de 5% para 20% das intenções de votos no nordeste, e que nacionalmente vem crescendo 1% a cada dia;

– Se Haddad ainda tem espaço para crescer, e principalmente no eleitorado que diz que vota com certeza no candidato apoiado pelo Lula e que ainda não o conhecem, Ciro por outro lado já está quase no teto pois apenas 17% dos eleitores do nordeste declaram que não o conhecem,;

Ainda temos um fator determinante para contrapor a campanha do voto útil contra o Haddad, que é o político e de sustentação organizada nos movimentos sociais nacionalmente.

Haddad é o candidato dos dois principais partidos de esquerda do nosso país – PT e PCdoB, contando ainda com apoio em vários estados do PSB, partidos que possuem estrutura e militantes em todos os estados e municípios.

Haddad tem o apoio das duas principais centrais sindicais brasileiras, a CUT e a CTB, além do apoio do MST, de movimentos de moradia, entidades estudantis, feministas, movimento negro e movimentos sociais, culturais, juventude, LGBT.

O PT e o PCdoB possuem candidatos aos governos estaduais com chances reais de vitória em vários estados, quase todos da região nordeste, além de estar disputando em condições de vencer em estados como Acre e Minas.

E essa base social organizada engajada na campanha do Haddad não é fundamental apenas na disputa eleitoral.

Ela faz toda a diferença na eleição para o parlamento e, principalmente, para a luta que é o nosso desafio agora e sempre: derrotar as medidas impostas pelos golpistas, libertar Lula e varrer do nosso país o fascismo.

E a pergunta a ser respondida pelos defensores do voto útil: que candidato sem base social organizada poderá enfrentar o poder econômico, o imperialismo, a ameaça reacionária e fundamentalista?

E não se esqueçam: se com o PT, PCdoB, CUT, CTB, MST, movimento popular da cidade e do campo, não conseguimos barrar o golpe, sem eles já teriam nos destroçado.

Nas próximas pesquisas Haddad já estará garantido no segundo turno e até o final do mês provavelmente já estaremos na frente.

E isso tudo por um motivo: nós, os militantes, os que carregam o vermelho nas mãos e no coração, fazemos toda a diferença.

LULA LIVRE!
HADDAD E MANUELA VENCERÃO!

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