Villa-Lobos, o Compositor das Américas. Por Renato Queiróz
Era uma vez, na cidade do Rio de Janeiro, um menino chamado Heitor Villa-Lobos, nascido em 5 de março de 1887.
Senta que lá vem História
Desde cedo, Heitor mostrou um talento extraordinário para a música. Aos seis anos, já compunha suas primeiras peças para violão, inspiradas nas cantigas de roda que ouvia.
Aos oito, seu interesse por Bach floresceu, e ele também se encantou pelos ritmos populares brasileiros.
Aos 16 anos, Heitor foi morar com uma tia que lhe ensinou a tocar piano. Foi nessa época que ele começou a frequentar os “chorões”, músicos que tocavam em lojas de música, na época, “malvistos pela alta sociedade carioca.”
Em 1905, com 18 anos de idade, Heitor viajou pelo Nordeste do Brasil e ficou fascinado pelo rico folclore da região. Dois anos depois, escreveu “Os Cantos Sertanejos”.
A partir dos seus 26 anos, sua produção musical se intensificou, abrangendo diversos gêneros. Obras como “Suíte Floral Para Piano” (1914) e “Uirapuru” (1917) começaram a ganhar forma.
Villa-Lobos tocou na estreia oficial da Semana de Arte Moderna em São Paulo, em 1922. Inicialmente, sua música foi vaiada, pois o público e a crítica, atônitos, “não entenderam nada”. Entretanto, esse evento marcou o início de sua projeção internacional.
Apesar de compor diversas peças no piano, Villa-Lobos tocou vários instrumentos ao longo de sua vida.
Historicamente, Heitor Villa-Lobos é conhecido por tocar violoncelo, clarinete e violão clássico, instrumentos que influenciaram significativamente suas composições e estilo musical.
Na década de 1930, Villa-Lobos atingiu o auge de sua criatividade com a série “Bachianas Brasileiras”, que combinava elementos de Bach com a música popular brasileira.
Uma das peças mais conhecidas dessa série é “O Trenzinho do Caipira” (1931).
O quarto movimento, chamado Tocata, é famoso por imitar o som de uma locomotiva com os instrumentos da orquestra, evocando uma viagem nostálgica pelo interior do Brasil.
Villa-Lobos certa feita afirmou: “Eu não uso o folclore, eu sou o folclore.” Essa declaração refletia sua profunda conexão com as raízes culturais brasileiras.
Villa foi um dos principais responsáveis por criar uma linguagem musical genuinamente brasileira, combinando estilos e gêneros diversos.
Apesar de compor diversas peças no piano, Heitor Villa-Lobos tocou vários instrumentos ao longo de sua vida. Historicamente, ele é conhecido por tocar violoncelo, clarinete e violão clássico. Esses instrumentos influenciaram significativamente suas composições e seu estilo musical.
Reconhecido tanto no Brasil quanto no exterior, Heitor Villa-Lobos fundou a Academia Brasileira de Música e recebeu vários títulos honoríficos, incluindo o de Doutor Honoris Causa da Universidade de Nova Iorque.
Sua data de nascimento, 05 de março, é celebrada como o Dia Nacional da Música Erudita no Brasil.
Heitor Villa-Lobos faleceu em 17 de novembro de 1959, no Rio de Janeiro. Ele deixou um legado imensurável na música universal,
eternizando-se como o “Compositor das Américas”.
Entre suas obras mais populares está a “Bachianas Brasileiras nº 5” (1938-1945), para soprano e oito violoncelos, dividida em dois movimentos: Ária (Cantilena) e Dança (Martelo). Esta peça foi amplamente gravada fora do Brasil e é frequentemente executada em concertos ao redor do mundo.
Aqui, “Bachianas Brasileiras nº 5”, em uma apresentação memorável em Waldbuhne, Berlim (2008), com a Orquestra Filarmônica de Berlim sob a regência do maestro (1981) venezuelano Gustavo Dudamel, e da soprano porto-riquenha Ana Maria Martínez (1971). Encantaram o público com essa obra-prima.
Heitor Villa-Lobos é SONZAÇO!
Renato Queiroz é professor, compositor, poeta e um apaixonado pela história da música,.