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A Cidade do Futuro leva poliamor do sertão baiano a festival espanhol

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Em cartaz em Salvador e outras cidades brasileiras, a produção baiana “A Cidade do Futuro” terá sua primeira exibição na Espanha, dia 17 de junho, no Barcelona Gay and Lesbian Film Festival. Centrado na formação de uma família não tradicional na cidade de Serra do Ramalho, o filme dirigido por Cláudio Marques e Marília Hughes foi premiado no Brasil, Argentina e EUA, e exibido em festivais de quatorze países.

Uma ficção criada a partir de acontecimentos realmente vivenciados pelos protagonistas, os atores amadores Milla Suzart, Igor Santos e Gilmar Araújo, o longa-metragem mostra um sertão pouco visto no cinema nacional. A trama evidencia o desprendimento de muitos jovens moradores de Serra do Ramalho, que buscam romper a estrutura patriarcal e machista de uma sociedade dominada pela imagem do sertanejo destemido.

O filme estabelece um link com os anos 70, quando o município foi criado pelos militares para receber cerca de 73 mil habitantes que foram deslocados após a construção da Hidrelétrica de Sobradinho, no norte da Bahia.

Na trama, Milla é professora de teatro e Gilmar é professor de história. Em suas aulas, ambos resgatam as marcas que a remoção forçada deixou em seus pais e avós, assim como nos do vaqueiro Igor. Seus parentes não tiveram opção, mas eles estão determinados a resistir. “Estamos falando sobre direitos civis de uma população considerada, muitas vezes, de segunda classe”, diz Marques, explicando essa ligação histórico-temporal.

Viabilizado pelo edital IRDEB/FSA, programa Brasil de Todas as Telas de 2014, “A Cidade do Futuro” foi realizado com R$ 300 mil, um orçamento reduzido mesmo para o patamar das produções de baixo custo.

 

https://www.youtube.com/watch?v=lAYuQjRe7us&t=1s

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