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Aldeia Nagô
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A Cuba que vimos (I). Por Aécio Pamponet

3 - 4 minutos de leituraModo Leitura

Estivemos em Cuba, em dezembro, durante 12 dias, não como “turistas pops”, aqueles que ficam em hotel de luxo, conhecem
Havana em ônibus panorâmico (hop on hop off, como alguns preferem chamar), se embriagam com rum, se empanturram de lagosta e voltam falando mal de Fidel e da pobreza do país.

Ficamos hospedados em casas de famílias cubanas e, além de Havana, fomos a Piñares, região dos bons e famosos charutos; Cienfuegos, bela cidade universitária de arquitetura francesa; Trinidad, cidade turística parecida com Parati, e sua zona rural com grandiosos engenhos de açúcar desativados mas bem restaurados, hoje centros de artesanatos; e Santa Clara, primeira cidade conquistada pelos revolucionários, sob o comando de Che Guevara e Camilo Cienfuegos.

Cuba é realmente pobre e está vivendo a sua maior crise, desde que perdeu a sustentação da antiga União Soviética. Conta, atualmente , com uma pequena ajuda da Rússia, China, Venezuela e outros países menores, fora da órbita dos EUA.

Nunca imaginamos ver um povo enfrentar um bloqueio politico, econômico, cultural e publicitário tão perverso, que já dura 65 anos, com tanta altivez e dignidade.

Por onde andamos, surpreendeu-nos o patriotismo, lastreado no conhecimento da sua própria história, o nível de adesão à Revolução e a disposição para enfrentar a besta-fera do imperialismo americano.

Cuba é pobre, muito pobre, sim. Mas, a propaganda americana em toda sua área de influência no mundo é de uma hipocrisia revoltante: lançam calúnias contra ela, apontando as consequências causadas pela voracidade do grande capital, que baba e fareja devorar Cuba, como um leão faminto.

Apesar de ter uma medicina de excelência, com profissionais mundialmente reconhecidos, que prestam serviços também aos povos do mundo subdesenvolvido e praticam o atendimento médico-domiciliar, com cada médico atendendo um número determinado de famílias em suas próprias residências, a estrutura de postos de saúde e dos hospitais está impedida de se modernizar pela inviabilidade de importação de peças de reposições e equipamentos modernos.

Cuba está impedida de reequipar seus hospitais, inclusive os especializados em câncer e os pediátricos.

Qualquer empresa, em qualquer país do mundo, que tenha acionistas americanos, está proibida de vender para Cuba, sob pena de sofrer retaliações que, até, a inviabilize.

Cuba quase não tem petróleo, e o pouco que consegue produzir é de baixa qualidade. Os EUA recrudesceram o bloqueio ao petróleo que era fornecido com regularidade pela Venezuela, colocando torpedeiros ancorados, permanentemente, no mar que dá acesso à Ilha.

Como consequência direta disso, as filas para abastecimento em postos de gasolina são quilométricas e o seu sistema de transporte é formado por uma frota de carros antigos, embora bem conservados, ao lado de carroças puxadas por burros, charretes, bicicletas, motos, triciclos e até carros-de-bois, todos circulando em estradas melhores do que a nossa vergonhosa BR-324 (Salvador-Feira de Santana) e com os motoristas submetidos às regras gerais de trânsito. Os carros só podem ultrapassar os outros meios de transporte mais primitivos e mais lentos nos locais determinados e na velocidade recomendada.

Cuba é uma ditadura ???…

Circulamos dias e noites pelas ruas da capital, fomos à apresentação de música caribenha, visitamos a casa onde morou Hemingway, o Memorial Fidel Castro, o Mercado de Artesanato, a Casa das Américas, a belíssima Praça da Revolução, de onde Fidel Castro falava ao povo, o Centro Histórico e Havana Velha, frequentamos restaurantes, andamos a pé e de Uber por vários trechos da cidade, fomos à área das embaixadas e à Fusterlandia, bairro onde o artista plástico Fuster fez obras de arte ao estilo Bel Borba, em todas as casas das ruas.

Em nenhum momento vimos ou fomos constrangidos pelo policiamento ostensivo e podemos assegurar que há menos carros da polícia em toda Cuba do que na Pituba, bairro de classe média de Salvador, onde é raro andar a pé sem ser assaltado, principalmente à noite.

Outros exemplos que desmentem a propaganda de que os cubanos estão submetidos a um regime ditatorial são o sistema eleitoral instituído pela Revolução de 1959 e a perseguição a gays, negros e religiosos.

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