Entre os dias 24 e 28 de julho, acontece a 7ª edição da Mostra Lugar de Mulher é no Cinema e, em 2024, a equipe do evento tem uma nova missão!

Através da organização estratégica de uma força tarefa de todes envolvides no projeto, a ideia é criar a consciência de que espaços que celebram a mulher também podem ser ocupados por homens, mesmo que de uma maneira distinta do que alguns deles podem estar acostumados.

A ideia é formar uma plateia masculina, que demonstra interesse em apoiar produções nas quais ele não é o protagonista e sim o aliado.

A ideia do investimento nesta chamada ampla para que todes se sintam bem-vindes, surge a partir do relato de parceiros da Mostra sobre a ausência dos mesmos durante as exibições dos curtas-metragens, em 2023.

Esta informação quem revela é Day Sena, uma das diretoras da Mostra Lugar de Mulher é no Cinema. “Eu falando com um parceiro nosso, no ano passado e ele disse que não fazia ideia de que poderia participar como público também. Por conta de depoimentos assim que estamos elaborando estratégias para disseminar este convite. Todes são bem vindes”.

Desde o seu primeiro ano, o cineasta e produtor Klaus Hastenreiter integra a Mostra, na equipe de produção de vídeo. Para ele, este sempre foi um local de partilha e fomento de um olhar do espectro feminino do audiovisual, no qual sempre foi salientado como é fundamental a equidade de gênero dentro da sociedade, principalmente no audiovisual, por ser o foco das realizadoras. “Seja com filmes de mulheres ou pessoas não binárias, é muito importante a participação de homens trabalhando junto com elas e elus, mas também indo prestigiar estes trabalhos no lugar de público”.

A lógica de integração masculina dentro do intento circula entre outros diretores de cinema, como é o caso de Rodrigo Luna. O artista exibiu o seu curta-metragem Jessy, no primeiro ano da Mostra, pois o filme conta com uma mulher protagonista. Luna acredita que a Mostra já se tornou um acontecimento importante na cena do audiovisual soteropolitano, a ponto de se firmar no calendário da cidade. Para além de muitos pontos positivos descritos por ele, a questão central da relevância que enxerga na presença de homens no festival é o olhar multifacetado que os mesmos podem trazer.

“Para mim, enquanto homem aliado a experiência com a Lugar de Mulher é no Cinema é simplesmente transformadora! Me sinto impactado, feliz, mexido e indignado com tudo que assisto por lá”, relata o jornalista Isaias Beltrão. Frequentador anual da Mostra, o jovem enxerga nas sessões com filmes dirigidos e protagonizados por mulheres e pessoas não binárias a chance de cinéfilos, como ele, de enriquecerem seus repertórios. Além disso, Isaias explica que é necessário que homens deveriam se permitirem e se entregarem mais à outras perspectivas, ampliando as suas reflexões e procurando entender como membros do espectro feminino se sentem.

A Mostra Lugar de Mulher é no Cinema tem o apoio de Descoloniza Filmes, Cajuína Filmes, Iglu Loc, Taboca Equipamentos, DiaLab, NordesteLab, Quibdó Africa Film Festival, Festival Animaí,  Festival, Ubuplay, Fistaile, IRDEB, SPM – Secretaria de Política para Mulheres, BRADA. A 7ª Mostra Lugar de Mulher é no Cinema foi contemplada pelo edital SalCine, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.

Para maiores informações, acesse: https://www.mostramulhernocinema.com.br/a-mostra.html ou @mostramulhernocinema

Serviço

7ª Mostra Lugar de Mulher é no Cinema

24 a 28 de Julho de 2024.

Abertura, 24.07,  no Centro Cultural SESI Casa Branca

Av. Caminho de Areia, 1454 – Caminho de Areia, de 25.07 a 28.07

Sessões de filmes e encerramento no Museu de Arte Moderna (MAM) e atividades formativas no Espaço Subúrbio 360

Entrada gratuita, com retirada de ingressos através do site do Sympla