A música baiana pulsa.. Por Mannno Góes
É bem verdade que há pouco tempo – coisa de cinco, seis, sete anos – estávamos todos nessa época do ano discutindo qual seria a música do carnaval. A nova do Asa? Do Chiclete? Da Timbalada?
Bem…
Verdade é que ninguém se importa mais há muito tempo com música do carnaval.
Quem liga pra isso?
Há um erro de avaliação quando se confunde axé com música baiana.
A música baiana, há tempos, não está tão forte quanto agora.
Artistas talentosos se reinventam e demonstram maturidade oxigenada em suas novas motivações e intenções.
Artistas como Luís Caldas, Daniela Mercury e Carlinhos Bronw.
Ao mesmo tempo em que novas expressões surgem.
Artistas como Larissa Luz, Lívia Nery, Josyara, Luedji Luna, Lívia Matos, Aiace Félix, ana Mammeto, Neila Kadhí e Jadsa Castro estão entre as que dão uma nova cara à música da nova Bahia.
Uma Bahia que não precisa mais se limitar a um segmento musical.
Uma Bahia de Saulo e Baiana System.
De um Levi Lima reescrevendo com muita dignidade a nova história do Jammil.
De bandas como Maglore.
Uma Bahia de novas reconstruções, que se desapega às aventuras tontas de artistas vaidosos, que investiram em carreiras sub-solo e envelhecem decrepitamente, esquecidos cada vez mais.
A música baiana está viva.
Muito viva e pulsante.
O axé sobreviverá e terá que conviver com a nova cara da música criativa dessa terra rica em talentos.
Temos Léo Santana, Marcio Vitor, Bronw, Teago Oliveira e Rafa Chagas.
Temos Passapusso e Simone e Simária.
Temos Harmonia.
Temos Ivete, mesmo que esteja devendo musicas melhores faz algum tempo. (E quem não está?)
Temos ALOK!!!
A Bahia é foda.
A música baiana é maior e melhor que qualquer crise do axé.
Doces Bárbaros vai voltar…
Quer algo mais legal que isso?
A Bahia é foda!
Manno Góes é Compositor