Aldeia Nagô
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A Oficina Música e Musicalidade apresenta 03 cenas com diferentes textos sonoros e musicais

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Analisar, roteirizar e dirigir musicalmente 03 cenas interpretadas pelo ator Fabio Vidal e pela atriz Marcia Limma, sem trilha ou intervenções sonoras, foi o desafio proposto para os participantes da Oficina Música e Musicalidade na Cenaministrada pelo músico, compositor, ator e arte-educador Elinas, com participações de Jarbas Bittencourt e Luciano Salvador Bahia. Segundo Elinas, “Foi um grande desafio, pois dessa vez, em

virtude de nosso contexto pandêmico, tivemos que trabalhar nessa modalidade online, com todos à distância e sem possibilidade de uma escuta em tempo real, com a presença e outras coisas importantíssimas nas artes que são mais coletivas.”. O resultado poderá ser visto no próximo dia 05 de março, sexta-feira, Instagram @orin_elinas.

O processo criativo girou em torno de cenas que traçavam direções diversas sobre possíveis musicalidades em uma imagem, onde os participantes analisavam as cenas detalhadamente e propunham ideias de construção de texto sonoro e musical. Entre os participantes estavam músicos profissionais, diretores teatrais, atrizes, atores, dançarinos, museólogas, espectadores interessados na aproximação com as estruturas da criação de uma obra artística, além de professores e pesquisadores na área.  Entre as habilidades que foram trabalhadas estão: a escuta interna e externa, que não se limita ao órgão auditivo, mas a ação de perceber sons para organizá-los; a percepção do espaço, observação de aspectos importantes numa cena musical; e a compreensão de termos musicais que, por muitas vezes, perdem o sentido num processo de construção de um espetáculo e de como aliá-los na montagem de uma cena.

Elinas vem ministrando essa oficina a algum tempo e a cada turma é um desafio novo, já que são indivíduos diferentes com saberes distintos, muitas vezes, pessoas com muito mais estrada e conhecimento. Sempre é um desafio a escuta, a percepção do ritmo de grupo, como cruzar e conciliar as experiências que essas pessoas trazem para o lado de cá. Mas, o percurso de Elinas diz muito dessa transversalidade de linguagens em suas criações. Formado em teatro, se tornou profissional de música, juntou as duas experiências e começou a compor, tocar e performar música dentro de espetáculos. Nos 15 anos de estrada, participou de muitos espetáculos, entre eles: As Confrarias, pela Cia de Teatro da Ufba; Os Pássaros de Copacabana, pelo Teatro Nu e O Pássaro do Sol, pela Cia A Roda. Para ele, “Nesse espaço da cena, foi onde pude experimentar novos timbres, inventar instrumentos musicais para aquele momento específico e efêmero, experenciar questões únicas dentro da performance/execução musical na cena, além de poder ver e tocar música, ao invés de só escutá-la.”. Mas dentre todos esses caminhos, um é muito especial, o de arte educador, que o coloca nessa responsabilidade de compreender o máximo do que pode e do que se propõe, seja através da música ou do teatro.

Em seus projetos futuros estão edições da oficina abrangendo Brasil e América Latina, direção de produções musicais de espetáculos (?), além de emergir um pouco do seu trabalho como compositor e instrumentista. Lançou recentemente uma versão em “Ensaio Aberto”, parte de um trabalho musical que se encontra nas plataformas digitais de música intitulado “Mainha Mana” (https://www.youtube.com/watch?v=-ia0SvnCeGY), e que se desdobrará em alguns lançamentos durante o ano.

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.

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