Abertura do Seminário de Formação e Qualificação em Cultura reuniu representantes da gestão e educação públicas
Ampliar o pensamento sobre o campo da formação cultural foi o objetivo da primeira parte do Seminário de Formação e Qualificação em Cultura, que teve início na manhã desta terça-feira (31), no auditório do Museu de Arte da Bahia, no Corredor da Vitória, em Salvador.
Com a presença da secretária de cultura Arany Santana, representantes de universidades do estado e dirigentes da SecultBA, o encontro atraiu gestores e agentes culturais de todo o estado. A primeira mesa de debates reuniu a pesquisadora Lia Calabre e a Coordenadora de Articulação do Curso para Elaboração de Planos Municipais de Cultura, Ângela Andrade.
Segundo a secretária de cultura Arany Santana, o seminário tem por objetivo debater sobre o desenvolvimento da cultura a partir do estímulo e da ampliação de programas, cursos e processos rotativos voltados para a formação de agentes culturais. “Formar e qualificar gestores para atuarem nas diversas instâncias é uma das questões fundamentais no sistema de cultura. Nós buscamos aqui cumprir o nosso dever de fomentar este debate, mobilizando representantes e organizações sociais que atuam no campo, além das universidades que vem contribuindo bastante no fortalecimento da relação entre educação e cultura, para participar desta ampliação de diálogo entre a Secult e a comunidade cultural”, declara.
O encontro é promovido através da Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultural (Sudecult). Estiveram presentes na abertura o superintendente da Sudecult, Sandro Magalhães; a diretora da Fundação Cultural do Estado, Renata Dias; o diretor da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo; o superintendente de promoção cultural, Alexandre Simões; o diretor do Museu de Arte da Bahia, Pedro Archanjo; o presidente do Conselho de Cultura da Bahia, Emílio Tapioca; e o vice-reitor da Universidade Federal da Bahia, Paulo Miguez.
Após abertura oficial, teve início o primeiro debate do Seminário, com o tema A Importância da Formação no Campo Cultural, a mesa foi mediada pelo superintendente Sandro Magalhães. A pesquisadora Lia Calabre propôs pensar as múltiplas formações possíveis no campo da cultural. “No campo da formação cultural, nós temos uma série de questões que se interpelam. Não vamos pensar apenas em cursos que formam profissionais, mas nas práticas e vivências que atravessam o cotidiano. Não é uma discussão sobre profissionalização da cultura, é sobre cidadania, direito e identidade”, ressaltou a pesquisadora, lembrando dos diversos agentes que se formam nas práticas culturais e de produção no dia a dia.
Ângela Andrade contribuiu através de sua experiência na gestão cultural – a convidada é ex-superintendente de desenvolvimento territorial da cultura da SecultBA e ex-coordenadora da Secretaria de Articulação Institucional do MinC –, apresentando um panorama da construção das políticas territoriais de cultura na Bahia, evidenciando o diálogo fundamental entre SecultBA com a sociedade civil e as redes com as quais interagia, para a organização destas demandas. Ângela ainda falou sobre o Curso para Elaboração de Planos Culturais, ação ao qual está ligada através da UFBA como coordenadora de articulação, e como este vem fortalecendo a atuação das universidades públicas na formação cultural em seus estados.
Programação – O período da tarde será marcado pela apresentação das Ações do Escritório Bahia Criativa e dos cursos apoiado pelo Fundo de Cultura que tem como foco a formação de gestores e agentes culturais. A programação vespertina terá início às 14h.
Na quarta-feira (01), o Seminário retorna, novamente às 9h, para discutir as experiências das universidades na formação de agentes culturais, com representantes de instituições de ensino superior da capital e do interior do estado. A tarde será reservada para o momento de debates, propostas e encaminhamentos.