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Álbum Infantil: Paulo Mutti e Celso Baruc cantam histórias do Sertão e do Recôncavo Baiano

5 - 6 minutos de leituraModo Leitura

Artistas partem de suas vivências em Juazeiro e Santo Amaro para manter viva a cultura e tradições no imaginário infantil

O universo lúdico do sertão e do recôncavo baiano é apresentado às crianças através da música, no álbum “Caçula” de Paulo Mutti e Celso Baruc, lançado hoje, dia 11 de outubro. As músicas dialogam com as crianças cantando histórias, tradições e símbolos culturais que fizeram parte da infância dos dois artistas. Paulo em Santo Amaro da Purificação e Celso, em JuazeiroOuçano SPOTIFY

O álbum que conta ainda com a participação especial de Rafael Nuñoz, é lançado pelo Selo Benzza Music e reúne 10 canções autorais que combinam influências rítmicas regionais como samba chula, baião, ciranda xote e também outras influências como pop, rock e música eletrônica. Do encontro dessas vivências pessoais, das lendas e da realidade de um povo, da poesia de Celso Baruc com o violão e melodia de Paulo Mutti, Caçula vem para conectar gerações e resgatar tradições.

“Caçula nasce da vontade de registrar a nossa fauna e flora sertanejas ricas, bem como os ritmos e o folclore da região norte, nordeste e recôncavo da Bahia”, destaca o cantor, compositor e poeta Celso Baruc, que cresceu ouvindo suas avós contarem os mistérios do sertão baiano.

Paulo Mutti, que passou a infância no Recôncavo Baiano, imerso na riqueza cultural das fanfarras, samba de roda, capoeira e maculelê, também destaca “Para além de nutrir o imaginário infantil, o álbum fortalece o elo das pessoas com sua própria origem, é uma tentativa de manter viva a essência cultural de um povo”.

Lançamento do Álbum “Caçula” de Paulo Mutti e Celso Baruac 

11 de outubro nas plataformas de áudio

Acompanhe em:

Instagram: @benzzamusic |  @paulomutti

Spotify: Álbum Caçula

Sobre Paulo Mutti

Paulo Mutti é um músico baiano radicado no Rio de Janeiro, que atua como diretor/produtor musical, guitarrista, compositor, arranjador, e professor particular. Teve o seu primeiro contato com a música logo na infância, em Santo Amaro da Purificação, cidade do Recôncavo baiano que, entre fanfarras, bandas marciais, samba de roda, reisados, capoeira e maculelê,proporcionou-lhe a infância mais rica, diversa e musical que poderia ter tido. Não à toa, sua brincadeira preferida era passar horas e horas escutando os discos de vinil de sua mãe, através dos quais descobriu a MPB, a bossa nova, o jazz, o rock e a música erudita.

Em sua trajetória profissional, já dividiu o palco com inúmeros artistas renomados do Brasil e do exterior como Elza Soares, Baby do Brasil, Luiz Melodia, Antônio Carlos e Jocafi, Toninho Horta, Letieres Leite, Chico Cesar, Frank Marocco (EUA), Joshua Redman (EUA), Steve Coleman (EUA), Didier Lockwood (FRA), Graham Haynes (EUA), dentre muitos outros.

Indicações e premiações:

  • Prêmio Caymmi de Música (2015), na categoria Melhor Arranjo, com a produção da faixa Odisseia Baiana. 
  • Melhor Música Instrumental no XI Festival de Música Educadora FM (2013), com a composição Nas águas do Subaé.

Seus arranjos e colaborações renderam ainda indicações e premiações diversas nas edições VI, VII, X e XII do Festival da Educadora.Sua estreia como artista solo ocorreu em 2013, no XVIII Festival de Música Instrumental da Bahia, em show autoral realizado no Teatro Castro Alves. Desde então, dedicou-se à confecção do seu primeiro disco, intitulado “Quietude”, lançado em 2017. Em 2019 lançou o selo de produção musical Benzza Music, com o qual vem desenvolvendo parcerias com diversos artistas, tendo lançado o single do dueto instrumental Benzza Duo, o single “Morada da Dor”, do cantor Fábio Sacramento e em novembro de 2019 o primeiro album do selo, “Anônima”, da cantora e compositora Brina Costa. Desde então seguiu com a produção de diversos singles, eps e álbuns de diversos artistas independentes da cena baiana e nacional.

Sobre Celso Baruc

Celso Baruc é cantor, poeta, compositor e servidor público. Nascido em Juazeiro-BA, cidade banhada pelo Rio São Francisco, onde cresceu ouvindo das suas avós, as velhas histórias do sertão: as lendas, as crendices, os mistérios, as alegrias, tristezas, fantasias e a realidade de um povo. Da sua  avó paterna acessou  os segredos, as estripulias de uma época, a profanidade do centro da cidade. Contou-lhe entre tantas histórias, a ousadia da Rua da Boa Esperança, onde moravam as raparigas vindas de todo Brasil, nossa Bataclam juazeirense. Contou-lhe ainda as  histórias de padres, paixões de mulheres da sociedade, casadas,  as traições e seus desfechos. Apresentou-lhe  sua fé católica e o sincretismo religioso por debaixo dos panos na sociedade. Já sua avó materna, levava-o para o meio do mato. Ela morava na Unha de Gato, uma fazenda no meio do sertão. Ali descobriu o valor das coisas simples. Sentiu a alegria do cair da chuva uma vez ao ano. Aprendeu sobre pássaros e outros bichos do mato. Aprendeu sobre as ervas e plantas disponíveis na caatinga, úteis para a saúde e úteis nas atividades do dia a dia. Para amedrontar pra não correr o risco de desaparecer no meio do mato, perder-se na caatinga, contou lendas de encantados , curupiras, lobisomens, almas penadas que andavam soltas na caatinga, prontas pra atacar menino traquina. 

Na casa dos seus pais, ouvia-se muita música. Seu pai adorava o Samba carioca mas também prestigiava Luiz Gonzaga, Alcione, Amelinha, Alceu Valença, Tom Jobim, João Gilberto, Elba Ramalho, Zé Ramalho. Sua mãe adora Roberto Leal e forró . Sempre tinha festa e muita música em sua casa. Na adolescência, interessou-se por música e começou a participar dos ensaios de uma banda de adolescentes chamada Capital de Giro. Depois entrou em outra banda como cantor: Frutos Tropicais, eram os anos oitenta e nesta época aconteceu a explosão de bandas da Bahia: Banda Reflexus, Banda Mel , Luiz Caldas, dentre tantos outros. 

Foi estudar no RS e lá participou do coral da cidade de Estância Velha. Regressando para Juazeiro, participou dos festivais de música da cidade. Residiu na Paraíba quando foi fazer faculdade e lá foi integrante do Coral da UFPB. Com o passar dos anos e suas mudanças, chegou a Salvador e resolveu fazer curso de canto, retomando assim sua verve artística.

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