Apesar do contexto da pandemia do Covid-19, a equipe da Usina do Drama conseguiu dar continuidade em ações planejadas para ocorrer inicialmente de forma presencial e engajar tanto os alunos da mentoria quanto aqueles que participaram de atividades avulsas.

No ano de 2020, foram oferecidos 5 cursos e 10 Labséries, que, ao todo, foram responsáveis por mais de 110 horas de conteúdo sobre séries ficcionais televisivas.

A procura foi alta e 450 pessoas se inscreveram para as aulas disponibilizadas. Já na tutoria de roteiros para série de TV, 28 vagas foram preenchidas, preenchidas a partir de uma seleção dentre 193 projetos inscritos. A Usina é um projeto de Extensão da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia e a criação da iniciativa fica por conta do grupo A-Tevê (Laboratório de Análise de Teleficção), também vinculado à instituição.

O dramaturgo e roteirista Gildon Oliveira acompanhou todo processo criativo de sua turma de tutoria. Para Oliveira este é um processo rico de troca de conhecimentos teórico-práticos, mas também uma oportunidade de intercâmbio cultural. De acordo com o artista, o crescimento desta edição e a oferta on-line, trouxe a oportunidade de ter alunos de diversas regiões do país, o que contribui também para bastante aprendizado sobre a atuação profissional em cada região brasileira. “Temos alunos de outras praças e a troca se torna ainda mais interessante, porque além de serem outros repertórios, há também toda uma pratica de mercado diferente”.

Além dos encontros de orientação de roteiro, que aconteciam sempre nas manhãs de sábado, a Usina contou a natureza e aspectos plásticos e narrativos da obra como sobre o pensamento mercadológico para realizá-las. O professor Rodrigo Lessa confesa que mesmo com os desafios do ensino remoto, ao fim das atividades, a sensação foi de dever cumprido. Ainda que houvesse a distância entre docente e alunos, Lessa afirma que troca foi recompensadora. Para ele, ainda que distante, houve uma aproximação positiva com sua turma.

Dentro deste processo, o cineasta baiano Klaus Hastenreiter conta que pôde aproveitar com completude os conteúdos ofertados pela Usina. Integrante da classe de tutoria, Hastenreiter narra como as orientações para sua série em desenvolvimento foram frutíferas e expandiram as suas possibilidades criativas. “É uma troca de energia que flui de uma forma incrível quando se tem pessoas tão envolvidas no objetivo da criação. São projetos que amadurecem semanalmente de forma expressiva, e o impacto disso no mercado audiovisual baiano ainda será visto nos próximos anos”.

Em 2021, os estudantes embarcam em uma etapa de refinamento de seus projetos de  roteiros e do episódio piloto de suas séries. Em seguida, acontece um dos momentos mais aguardados pelos discentes: o Pitching. Convocando profissionais do mercado do audiovisual brasileiros, os participantes do projeto são colocados em prova e precisam criar estratégias para “vender” bem as suas ideias.

A Usina do Drama recebe o apoio da Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia (SecultBA), por meio do edital Setorial do Audiovisual do Fundo de Cultura da Bahia. A meta principal é formar roteirista capazes de desenvolver projetos de séries para televisão. Para saber quais vagas ainda estão abertas, períodos de inscrição, cronogramas e possíveis novidades, acesse o  www.usina.estacaododrama.com.br/

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