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A Última Floresta”, de Luiz Bolognesi, é selecionado para o Festival de Berlim
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Qua, 10 de Fevereiro de 2021 14:06
A_ultima_floresta_de_Luiz_Bolognesi_Davi_Kopenawa_Yanomami_Pedro_J_MrquezO longa “A Última Floresta”, dirigido por Luiz Bolognesi, foi o único filme brasileiro selecionado para a mostra Panorama do Festival de Berlim. O diretor volta à mostra depois de exibir o premiado “Ex-Pajé”, em 2018. Bolognesi assina o roteiro com Davi Kopenawa Yanomami, escritor, xamã e líder político yanomami. O filme denuncia o descaso com indígenas ao longo dos séculos, agravado nos últimos anos e com a pandemia de Covid-19.

A Última Floresta”, longa-metragem dirigido por Luiz Bolognesi (“Uma História de Amor e Fúria”), terá sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Berlim, como parte da mostra Panorama, que exibiu o premiado “Ex-Pajé”, em 2018. O evento acontece de 1º a 5 de março, e de 9 a 20 de junho de 2021, em formato híbrido – online e presencial, sendo em março fechado para o mercado. Bolognesi assina o roteiro com Davi Kopenawa Yanomami, escritor, xamã e líder político yanomami. O filme é produzido pela Gullane (dos irmãos Caio Gullane e Fabiano Gullane) e Buriti Filmes (Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi), e tem distribuição da Gullane. A estreia no Brasil está prevista para o segundo semestre deste ano.

 

O filme retrata o cotidiano de um grupo Yanomami isolado, que vive em um território ao norte do Brasil e ao sul da Venezuela há mais de mil anos. O xamã Davi Kopenawa Yanomami busca proteger as tradições de sua comunidade e contá-las para o homem branco que, segundo ele, nunca os viu, nem os ouviu. Enquanto Kopenawa tenta manter vivos os espíritos da floresta, ele e os demais indígenas lutam para que a lei seja cumprida e os invasores do garimpo retirados do território legalmente demarcado. Mais de 10 mil garimpeiros ilegais, que invadiram o local em 2020, derrubam a floresta, envenenam os rios e espalham Covid e outras doenças entre os indígenas.

 

“Acredito que o mais interessante foi construir a história com o xamã Davi e fazer as escolhas narrativas com os Yanomami, incorporando o ponto de vista mágico deles sobre os acontecimentos. Um rico encontro entre o povo do cinema e o povo Yanomami”, afirma o diretor Luiz Bolognesi, que se apaixonou pela história de Kopenawa ao ler seu livro “A queda do céu: Palavras de um xamã yanomami”, e que o fez convidá-lo a escrever com ele o roteiro original do longa-metragem.

 

“É com imensa alegria e orgulho que recebemos a notícia da seleção oficial de “A Última Floresta” para o Festival de Berlim 2021. A situação dos povos indígenas no Brasil é gravíssima e a visibilidade internacional que a Berlinale trará ao filme e ao tema dos povos da floresta é a ação mais importante que poderíamos fazer neste momento. Seguimos avançando, em mais uma parceria com o Luiz Bolognesi, e nesse filme, de mãos dadas com Davi Kopenawa, contribuindo com esse lindo projeto cinematográfico para que o público em todo mundo conheça um pouco mais das raízes do Brasil”, dizem os produtores Fabiano Gullane e Caio Gullane.

 

Sinopse:

Em uma tribo Yanomani isolada na Amazônia, o xamã Davi Kopenawa Yanomani tenta manter vivos os espíritos da floresta e as tradições, enquanto a chegada de garimpeiros traz morte e doenças para a comunidade. Os jovens ficam encantados com os bens trazidos pelos brancos; e Ehuana, que vê seu marido desaparecer, tenta entender o que aconteceu em seus sonhos.

 

Elenco:

Davi Kopenawa Yanomami, Ehuana Yaira Yanomami, Pedrinho Yanomami, Joselino Yanomami, Nilson Wakari Yanomami, Júnior Wakari Yanomami, Roseane Yanomami, Daucirene Yanomami, Genésio Yanomami e Justino Yanomami

 

Ficha Técnica:

Diretor: Luiz Bolognesi

Roteiristas: Davi Kopenawa Yanomami, Luiz Bolognesi

Diretor de Fotografia: Pedro J. Márquez

Montagem: Rodrigo Macedo

Direção de Produção e Assistente de Direção: Carolina Fernandes

Som Direto: Rodrigo Macedo

Trilha Sonora: Talita del Collado

Mixagem: Armando Torres Jr., ABC, Caio Guerin

Supervisão de Edição de Som e Mixagem: Caio Guerin, Rosana Stefanoni

Supervisão de Imagem: Luisa Cavanagh

Supervisão de Efeitos Visuais: Eduardo Schaal

Produção Executiva: Daniela Antonelli Aun, Ana Saito, Pablo Torrecillas

Produtores: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Lais Bodanzky e Luiz Bolognesi

Produtora: Gullane e Buriti Filmes

Apoio: Associação Hutukara, Instituto Socioambiental, Amazon Watch, Greenpeace, Rainforest Foundation US, Rainforest Foundation Norway, Survival International

Distribuidora: Gullane

 

Sobre Luiz Bolognesi:

Roteirista premiado, escreveu e dirigiu o longa-metragem de animação Uma História de Amor e Fúria (2013), vencedor do prêmio Cristal de Melhor Longa Metragem em Annecy. O filme foi exibido nos cinemas de seis continentes e premiado nos festivais de Tóquio, Shangai, Atenas, Bordeaux, Strasbourg, Buenos Aires e pela Academia Brasileira de Cinema. Foi exibido na América Latina pela HBO e TV Globo.

O documentário Ex-pajé, onde assina o roteiro e a direção, recebeu o prêmio especial do júri nos festivais de Berlim e Chicago, prêmio da Crítica no Festival É tudo Verdade, além de outros prêmios nacionais e internacionais.

Também fazem parte de seu currículo como diretor e co-diretor, obras como o curta Pedro e o Senhor, Cine Mambembe, O Cinema Descobre o Brasil, A Guerra dos Paulistas, Lutas.doc, Educação.doc, Juventude Conectada e Guerras do Brasil.doc.

Assina os roteiros dos filmes Bicho de Sete Cabeças, O Mundo em Duas Voltas, Chega de Saudade, Terra Vermelha, As Melhores Coisas do Mundo, Amazônia, Planeta Verde, Elis e Bingo - O Rei das Manhãs. Seus trabalhos receberam prêmios nacionais e internacionais e foram exibidas em países dos cinco continentes.

Sobre Davi Kopenawa Yanomami:

Davi Kopenawa Yanomami é xamã e porta-voz do povo Yanomami.  Por 25 anos, ele liderou incansavelmente a longa campanha nacional e internacional para garantir os direitos à terra dos Yanomami, pela qual ganhou reconhecimento em todo o mundo e em seu país natal, o Brasil.
Davi nasceu por volta de 1956 em Marakana, uma comunidade Yanomami no norte da Amazônia.  Em 1983, Davi começou a lutar pelo reconhecimento da vasta área habitada pelos Yanomami.  A área Yanomami foi oficialmente reconhecida pelo governo brasileiro pouco antes de sediar a primeira Cúpula da Terra da ONU no Rio de Janeiro, em 1992.
Durante os anos 1990 e início dos anos 2000, Davi fez muitas viagens ao exterior para se reunir com órgãos governamentais e ONGs para arrecadar fundos para projetos vitais de saúde e educação com os Yanomami, bem como para expor as ameaças contínuas de garimpeiros, colonos e fazendeiros.

Em 1989, Davi ganhou o prêmio UN Global 500.  Em 1999, Davi foi agraciado com a Ordem do Rio Branco pelo presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso.  Em 2008, o júri do prêmio espanhol Bartolomé de las Casas concedeu a Davi uma Menção Honrosa.  Em 2012 a Câmara Municipal de Boa Vista (RR) premiou Davi com a Honra ao Mérito.  Em 2019, ele recebeu o prêmio Right Livelihood por seu trabalho na proteção do meio ambiente.  Em 2021, ele se tornou membro da Academia Brasileira de Ciências.

Sobre a Gullane:

A Gullane é uma das maiores produtoras e incentivadoras do mercado audiovisual brasileiro, além de uma das principais exportadoras de obras independentes. Fundada em 1996 pelos irmãos Caio Gullane e Fabiano Gullane, já soma em seu catálogo mais de 50 filmes lançados com destaque no cinema nacional e no exterior e 30 séries para televisão e plataformas digitais.

Entre os filmes e séries de destaque estão "Carandiru", “Bicho de Sete Cabeças”, “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”; a franquia “Até que a Sorte nos Separe”; “Que Horas ela Volta?”, "Como Nossos Pais”, “Bingo - o Rei das Manhãs”; as séries “Alice” e "Hard" (HBO), "Unidade Básica - 1a e 2a temporada" (Universal Canal), “Carcereiros” (Globoplay), “Irmãos Freitas” (Space e Amazon Prime), “Ninguém Tá Olhando” e "Boca a Boca” (Netflix). Já coleciona mais de 500 prêmios e seleções em importantes festivais de cinema e televisão do Brasil e do mundo como Mostra de Cinema, Festival do Rio, Cannes, Veneza, Berlim, Sundance, Toronto, MIPTV e Emmy.

 

Sobre a Buriti Filmes:

A Buriti Filmes é uma produtora audiovisual independente fundada em 1997 por Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi. Ao longo desses anos, produziu cerca de dezesseis obras entre curtas, séries, documentários e longas-metragens.

Na ficção teve sua estreia na competição oficial do Festival de Locarno com o filme Bicho de Sete Cabeças (coprodução Brasil/ Itália - 2001) - de Laís Bodanzky. Filme que projetou o ator Rodrigo Santoro para o mundo e que se tornou um clássico na cinematografia brasileira.

Entre os filmes e séries de destaque estão Educação.doc, Cine Mambembe - O Cinema Descobre o Brasil, Mulheres Olímpicas, As Melhores Coisas do Mundo, Guerras do Brasil.doc, Chega de Saudade, As Melhores Coisas do Mundo, Uma História de Amor e Fúria, Como Nossos Pais e Ex-Pajé.

Suas obras conquistaram prêmios nacionais e internacionais, incluindo o mais importante prêmio de animação mundial, em Annecy e melhor filme no Festival de Gramado. Também teve seus filmes exibidos em mais de 30 países.

Durante 15 anos foi responsável pelos os projetos sociais Cine Tela Brasil de ensino e exibição de filmes nas periferias do Brasil, promovendo o encontro entre cinema e educação nas comunidades de baixa renda. O projeto levou mais de 1.3 milhões de pessoas ao cinema, a maioria pela primeira vez, em 759 bairros de todo o Brasil e produziu mais de 450 curtas de jovens moradores de periferias.

Atualmente produz a animação Viajantes do Bosque Encantado, com direção de Alê Abreu ainda sem data prevista de estreia. O longa-metragem de ficção Pedro, com direção de Laís Bodanzky e coprodução Biônica Filmes está em fase de finalização, com previsão de estreia em 2021.

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