O que é ser família durante a pandemia? Curta de terror constrói narrativa através da perspectiva feminina |
Qua, 03 de Março de 2021 14:23 |
Com todas as mudanças causadas pela pandemia do Coronavírus, muitas angústias sobre o futuro da humanidade começaram a existir. Dentro deste processo de medo e inquietação, a cineaste Hilda Lopes Pontes buscou expurgar suas aflições através da escrita. Vivenciando o isolamento ao lado de sua filha de 5 anos e seu marido, a diretore e roteirista idealizou “Mamãe”, curta-metragem que trata sobre a maternidade e se inspira nas consequências trazidas pelo Corona. As gravações foram iniciadas em fevereiro. O seu foco principal é tratar dos conflitos internos vivenciados pelo isolamento social, com inspirações diretas de Hilda com sua família neste período. Neste contexto, a obra traz um contexto distópico, onde o caos está completamente instalado por conta de uma nova doença que abate violentamente o corpo das pessoas. “Há um ensejo forte de me comunicar com o mundo através de uma perspectiva do olhar das mulheres. Compartilhar nossas dores e mostrar para os espectadores, principalmente, para outras mulheres que não estamos sós nas nossas lutas, nas nossas dores”, explica Hilda. Mamãe é co-dirigido com o diretor Klaus Hastenreiter e ambos possuem uma trajetória ligada ao terror e ao horror, dentro de suas cinematografias. A escolha do gênero vem para criar uma alegoria sobre as relações familiares que precisaram ser tão mais próximas em um contexto pandêmico, mas, principalmente, mostrar os desafios e cobranças que as mães vêm passando neste período. “Há um ensejo forte de me comunicar com o mundo através de uma perspectiva do olhar das mulheres. Compartilhar nossas dores e mostrar para os espectadores, principalmente, para outras mulheres que não estamos sós nas nossas lutas, nas nossas dores”. Indo muito além da situação presente do Brasil e do mundo, “Mamãe” expande este universo e cria imagens mais diretas para esta doença criada dentro da narrativa. De acordo com a realizadore, o objetivo era retratar este caos que o país vive, mas colocando-o é uma situação interna, vivida dentro de casa, buscando aumentar o desconforto e angústia do público com toda a situação elaborada dentro da narrativa. Para o produtor Rafael Beck esta reflexão vai além de falar sobre a temática dentro do filme, mas também de pensar toda a logística para realizar uma gravação durante a pandemia. Pensando na segurança de todos e todes, a equipe do curta contratou uma infectologista que vai trazer orientações prévias às filmagens, bem como acompanhar cada dia de set. O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal. FICHA TÉCNICA Direção: Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter Assistente de Direção: Christina Mariani Roteiro: Hilda Lopes Pontes Direção de Produção: Eduarda Miranda e Rafael Beck Produção Executiva: Rafael Beck e Walerie Gondim Elenco: Walerie Gondim, Penélope Lopes Pontes, Marcos Lopes Assistente de produção: Hanna Vasconcelos e Carol Lins Trilha Sonora: Rebecca Gallinari Mixagem: Piratas F&M Direção de Fotografia: Marina Lordelo Fotografia: Thiago Duarte Direção de Som: Marina Reis Edição de Som: Calebe Lopes Maquiagem: Nayara Homem Concepção de Arte: Luna Matos e Levi Barbosa Preparação de elenco: Paula Lice Montagem: Klaus Hastenreiter, Hilda Lopes Pontes e Calebe Lopes Making Off e Still: Gabriela Palha Colorização: Thiago Duarte Design: Luan Bittencourt e Eduarda Miranda Tradução e Legenda: Anna Andrade |
Agenda |
Aldeia Nagô |
Capa |