Aldeia Nagô
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Currículo escolar indígena é debatido em seminários

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O Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas-DGPE/FGV, em parceria com a Secretaria da Educação do Estado-SEC, está promovendo seminários regionais com a participação de professores da Educação Escolar Indígena. A intenção é construir de forma participativa as Diretrizes Curriculares da Educação Escolar Indígena da Bahia

e diagnosticar as demandas educacionais prioritárias. Com esses subsídios serão planejadas ações para o atendimento das necessidades associadas às políticas identitárias, respeitando a diversidade cultural dos povos indígenas.

Obedecendo todas as normas de segurança contra a Covid 19, o segundo encontro, em Paulo Afonso, terminou na última quinta-feira (17), com a presença de 50 professores indígenas das etnias Tuxá, Pankararé, Tumbalá, Xucuru-Kariri, Tuxi, Kaimbé e Kiriri. Dentre os participantes, esteve no evento Patrícia Atikum,  gestora do Colégio Estadual Indígena  Ângelo Pereira Xavier, da Aldeia Pankararé, no município de Glória, que também é subcoordenadora do Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia-Mupoiba.

Os seminários terão carga horária de 40 horas cada, totalizando 120 horas, com a participação de 180 professores das escolas indígenas. O terceiro seminário será realizado de 4  a 8  de julho, no município de Porto Seguro, tendo como participantes os educadores das etnias das regiões Sul (Pataxó, Pataxó Há Hã Hãe e Tupinambá) e Norte (Tuxá, Pankararé, Tumbalá, Xucuru-Kariri, Tuxi e Kiriri).

Para a nova coordenadora da Educação Escolar Indígena da SEC, Adenilza Kiriri,  nomeada na última sexta-feira (11), os encontros são importantes para a consolidação da identidade dos povos e de um formato de ensino adequado para cada comunidade. Adenilza, que é professora do Colégio Estadual Indígena kiriri Indio Feliz, no Alto da Jurema, em Banzaê, enfatizou o trabalho em parceria. “A coordenação vem somar nesse nosso trabalho, se dedicando ao melhor desempenho e ao desenvolvimento da Educação Escolar Indígena, em parcerias com organizações, movimentos, governos municipais e estadual”, declarou.

Na pauta dos debates, está também o direito à educação e o ensino bilíngue e multilíngue, diferenciado, que contemple as particularidades das organizações culturais de cada povo. Na Bahia, segundo a Associação Nacional de Ação Indigenista-Anaí, existem cerca de 30 povos indígenas. A Educação Escolar Indígena é oferecida em 103 espaços escolares e 48 salas anexas e contempla 6.961 estudantes de 15 etnias que habitam em 130 comunidades indígenas.

(*) Claudia Correia, assistente social, jornalista ccorreia6@yahoo.com.br

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