Estão abertas até o dia 18 de novembro as inscrições para o workshop Histórias Latentes, realizado na CAIXA Cultural Salvador pelo Coletivo Garapa, que lista, entre vários outros, trabalhos conjuntos com a lendária agência de fotografia Magnum e exposições no MASP, CCSP e MIS-SP. Salvador é a quarta cidade brasileira por onde passa o projeto.

Em Histórias Latentes, a proposta é a formação de um grupo de 30 pessoas que vão fazer, entre os dias 24 e 29 de novembro, um mapeamento criativo, emotivo e geográfico do Centro de Salvador, região onde está localizada a CAIXA Cultural. Entre fotografias, textos, memórias, mapas e vídeos, são vários os materiais empregados para estimular o pensamento e a criação coletiva em artes visuais, além de promover a reflexão sobre a memória da cidade e as histórias que se escondem na paisagem.

Mapa Afetivo - “Queremos desconstruir formatos, estamos sempre confrontando as fronteiras entre o documental e a ficção”, afirma Paulo Fehlauer, que integra o Coletivo Garapa junto a Leo Caobelli e Rodrigo Marcondes. Esses três fotógrafos jornalistas têm como destaque na produção independente a mostra Calma (2013), da 1ª FotobienalMASP;  A Margem (2013), exibido no Centro Cultural Centro Cultural São Paulo, e o documentário Doble Chapa (2014), integrante de mostras internacionais no Rio e São Paulo.

Mais uma vez, buscam histórias de pessoas e paisagens. “É quase a criação de uma psicogeografia, um mapeamento afetivo da cidade onde as memórias das pessoas se conectam com a paisagem urbana”, prossegue Fehlauer. Para isso, os três artistas vão propor ao grupo discussões para pautas que serão executadas nas ruas do entorno da CAIXA Cultural sob supervisão deles. O resultado será um painel que, usando vários tipos de mídia, produza um mapa afetivo, ou seja, um mapa que além de mostrar o espaço físico, também humanize a cidade, traduza a relação dessas pessoas com ela.

Bate-papo com público – Junto aos participantes do grupo, o público também vai poder interagir em um bate-papo aberto no dia 26 de novembro com os integrantes do Garapa sobre o trabalho deles e a desconstrução das fronteiras entre linguagens audiovisuais e a fotografia.