Desfile da Troça do Jegue de Cueca com a Jega de Calçola ocorre no domingo (19)
A troça carnavalesca intitulada Encontro do Jegue de Cueca com a Jega de Calçola faz parte do conjunto de manifestações da cultura popular da Península de Itapagipe, que se utilizava da irreverência, do humor e da alegria para promover a integração dos moradores dos bairros do Uruguai e da Massaranduba. O desfile ocorre neste domingo (19), com saída as 9h30 do Bahia Outlet Center no Uruguai.
Embora a referida troça tenha se iniciado por volta de 1957 e existido como tal até 1967, a sua referência ainda se encontra muito viva no imaginário da população local como algo original, singular e muito representativo do espírito carnavalesco do itapagipano de outrora.
A Rede CAMMPI, que congrega cerca de 40 organizações sociais do território de Itapagipe em torno de uma estratégia de desenvolvimento local, tem dentre os seus objetivos o resgate das manifestações culturais locais. Nesta perspectiva, optou por resgatar a dita troça carnavalesca não só buscando reconstituir a sua memória escrita, como colocando, de novo, o bloco na rua, o que se deu a partir do carnaval de 2008, com algumas adaptações necessárias aos tempos de hoje.
Esta atividade marcava, portanto, há mais de 40 anos atrás, a madrugada do primeiro dia de carnaval dos moradores do Uruguai e Massaranduba e expressava a participação dos boêmios desses bairros no carnaval de rua de Salvador.
Esta atividade, que remete autenticidade e tradição, ao ser retomada, visa a sensibilização dos moradores sobre o patrimônio cultural local, reconhecendo práticas tradicionais identitárias em risco de extinção, além de contribuir para o aumento da escala de cooperação e intercâmbio entre as entidades culturais locais.
Trata-se da organização do cortejo carnavalesco que, no domingo que antecede o Carnaval sairão respectivamente dos bairros do Uruguai, conduzindo a Jega de Calçola e da Massaranduba, conduzindo o Jegue de Cueca, animados, cada qual, por uma banda de sopro e percussão. Desta forma percorrerão diversas ruas desses dois bairros, até se encontrarem no Largo do Papagaio, onde se realiza o casamento simbólico dos dois animais, movido a grande animação. O início dos cortejos é marcado pela queima de fogos que anunciam o momento, numa espécie de convocação aos retardatários e, ao mesmo tempo, de anúncio aos espectadores. O cortejo é aberto à participação de todos que a eles queiram se integrar de forma espontânea e criativa, embora haja certa organização para garantir a presença de bonecões, pierrôs, pernas de pau e a confecção de alguns adereços que são distribuídos gratuitamente aos participantes. São também confeccionados “pirulitos” com críticas e comentários aos temas mais palpitantes da ocasião.
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