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Domingueiras CCCXV por Sérgio Guerra

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O governo do Brasil nos surpreende sempre pela capacidade de criar disputas desnecessárias, fruto de sua incontinência verbal, e dispersar suas bases de apoio, como se espalham as nuvens no ar.

Exemplo disto encontramos nesta última semana que passou quando ficou claro em episódios nas várias de sua atuação. Assim, após ordem de instalação da “CPI da Pandemia”, emitida pelo ministro Barroso, do Supremo Tribunal Federal, STF, haja à vista que o presidente do Senado, eleito com seu apoio, a mantinha sob seu controle e não lhe dava provimento.

Assim, se confirma uma interferência do poder Judiciário, sobre o Legislativo para que este investigasse a omissão e descompromisso doo Executivo no combate a esta grande praga que assola boa parte do mundo, mas no Brasil, junto com os EUA, assumiu contornos de tragédia e até acusação de “genocídio”. Deste modo, observamos como o presidente foi capaz de mobilizar todos os “3 poderes da República”, pena que na sua maioria contra a suas políticas, isto só nesta questão sanitária, em que o Brasil consegue servir de ameaça a todo o mundo.

Por outro lado, o Brasil consegue também mobilizar o mundo tanto nestas questões sanitárias, com seu “negacionismo” frente a Pandemia, quanto suas grosserias com os seus parceiros aos quais está, agora se humilhando para conseguir as “vachinas dos comunistas” que a teriam produzido intencional, maldosa e oportunisticamente.

Moral da história, o Brasil vive implorando vacinas e Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFA), a China e a Índia, países mais importantes produtores destes elementos e que o ministro de Relações Exteriores, já demitido, tanto tentou humilhar.

O mesmo pode-se dizer das grandes empresas produtoras de vacinas que nos ofereceram, ainda no começo da epidemia, foram menosprezadas pelo presidente, que dizia que o Brasil era um grande comprador e quem quisesse vender deveria correr atrás de nós. Moral da história: hoje é o Brasil que implora para comprar as vacinas, pedindo que até a Organização das Nações Unidas, a ONU, interceda “pelo amor de Deus” junto aos desprezados países e organizações internacionais, para que o Brasil seja tratado com a “urgência” que nossa situação exige e o governo implora.

Quanto à “questão ambiental” veremos num próximo texto, pois a sua gravidade o exige.

Em 18/04/2021.

Sérgio Guerra.

Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador.
Cronista do site “Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina”.

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