Domingueiras CCCXXII. Por Sérgio Guerra
O que pretende Bolsonero afrontando as Forças Armadas, especialmente o Exército, no caso Pazuello? Psicanaliticamente o ex-capitão, goza ao confrontar os seus ex-colegas, hoje generais, do “seu Exército, pela expulsão degradante por ferir os
regulamentos disciplinares que hoje é debochado, quebrado e desrespeitado pelas suas ações com Pazuello que, em busca da última estrela, a quarta, que lhe falta, se presta ao papel de “boi de piranha” e se exibe, “todo prosa” como “aquele que obedece” como serviçal cego de “aquele que manda”.
Por outro lado, o momento escolhido foi esse em que a “CPI da Pandemia” aprovou uma nova convocação do “general que obedece” para explicar suas mentiras no depoimento e que estão sendo confirmadas pelos novos convidados que mesmo sendo ligados ao governo ao tentar “blindar” o presidente Bolsonero, terminam por jogar a responsabilidade das “ações e omissões” que provocaram as já quase 500.000 mortos cuja conta deverá ser cobrada por seus familiares, colegas e amigos na próxima eleição, já agora em 2022 e cujas movimentações estão cada vez mais claras.
Assim, o maior pesadelo de Bolsonero, que é Lula, se materializou com as anulações de suas penas, inclusive pela julgada suspeição do parcialíssimo juiz Moro, que impediu esta candidatura, para viabilizar o retorno, talvez do PSDB, mas que, entretanto, por absoluta ausência de quadros com alguma empatia popular e viabilidade política, terminou caindo no colo do até então pouco presidenciável que assaltou o processo eleitoral e ganhou as eleições. Estes agrupamentos, antipetistas por definição tenta construir uma “Terceira Via”, entre Lula e Bolsonero.
E, por fim, por mais que o presidente tente boicotar as investigações que envolvem sua famiglia e amigos, tanto pressionando os aliados políticos onde quer que eles ainda estejam, para tanto mudando até os órgãos do judiciário e aprochegados, além da Polícia Federal, principalmente seus dirigentes, nacionais e do Rio de Janeiro, começam a aparecer as provas dos seus crimes, inclusive os da “raspadinha” e do financiamento dos atos de terrorismo contras as diversas instituições políticas e judiciais. Assim, só resta ao presidente tentar tumultuar o processo e apostar no “quanto pior, melhor!”.
Sérgio Guerra.
– BOLSONERO – Nome adotado por sugestão de um amigo, doutor em literatura e professor universitário, para indicar o presidente e o seu papel de destruidor de vidas.