Aldeia Nagô
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Domingueiras LIV. Por Sérgio Guerra

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Todo ano tem suas imagens marcantes, quase sempre resultantes de episódios bastante significativos sob diversos aspectos da vida coletiva ou mesmo de tragédias pessoais, como tem sido os casos dos inúmeros episódios de naufrágios de refugiados em busca de uma

chance de vida mais segura, que chega a ser considerado um paraíso nas terras da Europa, para os milhares de fugitivos das várias guerras na África, Ásia, Europa e até Oceania, pelas razões mais diversas, sejam elas étnicas, nacionalistas, religiosas, ou mesmo por questões de ordem ideológicas ou políticas.

Desta maneira, imagem de criancinhas, sobreviventes ou mortas, tem marcado o mundo e se convertido em marcas profundas na história da humanidade, pelos menos deste os bombardeios de napalm no Vietnã, nas décadas de 60 e 70, o horror de suas pequenas vítimas, criminosa e dolorosamente queimadas e correndo em busca de um alivio ou consolo para suas tristes situações. 
Recentemente, as crianças retiradas dos escombros dos bombardeios das guerras entre o Iraque e a Síria e os remanescentes dos exércitos islâmicos, ou mesmo os seus corpos encontrados nas várias praias, vitimadas pelas precárias embarcações em que buscavam com seus pais o abrigo no continente europeu tem comovido o mundo com mais estas tragédias que atingem milhões de pessoas anualmente.

Assim, ainda lembrando os acontecimentos mais marcantes deste findo ano de 2017 e tentando ver o que seria mais significativa como marca que tivesse um papel para além dos assassinatos de amplos sentidos, especialmente de jovens ou mesmo realizados por estudantes, tanto em suas escolas, contra seus colegas, ou mesmo de estudantes vítimas de balas perdidas, ou não tanto. Da mesma forma encontrei professores, de ambos os sexos, vitimados por violência de seus alunos em diversos momentos em várias regiões do Brasil ou mesmo mulheres vítimas de “feminicídio”, esta praga que felizmente passou a ser combatida.

Por fim, saindo das páginas policiais para as da política, encontramos figuras que passaram a serem freqüentes cada vez mais, sempre como réus. Assim, os irmãos Batista, da J&S, além do coronel homônimo, sócio do presidente de Temer, nas trapalhadas e maladas, junto com Loures e Yunes, além da prisão de Maluf, que encerrou o ano, ganharam destaque juntamente com as sucessivas investigações e condenações do ex-governador Sérgio Cabral, que confessou ter “exagerado” nas suas “más ações”, juntamente com a família Garotinho. 
Entrementes, uma imagem se destacou e com certeza deverá, ainda por muito tempo, compor o folclore político deste rico país, pois as malas cheias de dinheiro encontradas na “casa da moeda” da família Vieira Lima, onde se localizaram as digitais de boa parte da família, comprometendo até mãe e irmão, além de assessores e outros agregados. Assim, por muito tempo ainda, as fotos das malas empilhadas de dinheiro na sala do apartamento do quase amigo, ainda levará muito tempo para deixar de ser uma marca profundamente marcante deste governo que esperamos que esteja a se findar neste ano de 2018. Dá-lhe Geddel!
07/01/2018.
Sérgio Guerra é Escritor e Professor

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