Aldeia Nagô
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Domingueiras LXXIII. Por Sergio Guerra

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Avançam as aberturas de inquéritos e denúncias contra o presidente Lula, alvo preferencial do judiciário brasileiro, especialmente da República de Curitiba que se considera dona do seu destino, além dos componentes

do governo golpista, cada vez mais portuário, agora envolvendo a família presidencial que seria a beneficiária de reformas em casas financiadas pelas propinas resultante das legislações deste setor, via o famoso “coronel Lima”, membro efetivo e executivo do “histórico grupo de Temer”, desde os tempos dos governos “peemedebistas” de São Paulo.

Enquanto isto o quadro eleitoral parece cada vez mais complicado na medida em que o PT e aparentemente parte significativa da esquerda insistem na cada vez menos provável candidatura do presidente Lula, posto que condenado em 2ª Instância, na perspectiva
legalista seria atingido pela “Lei da Ficha Limpa” que o afastaria em definitivo do processo eleitoral, ainda mais que o Supremo parece
lavar as mãos no seu caso, se comportando da mesma forma que agiu no caso do impeachment da presidenta Dilma.

Vale lembrar que vários destes “apoiadores do presidente Lula” estão apenas esperando a sua inviabilização para disputar o seu
espólio, posto que se apresentam como “fiéis” e assim, “legitimamente” serão herdeiros destes votos do prisioneiro do judiciário. Neste
bloco, vale destacar o açodado e eterno pretenso “candidato das esquerdas”, Ciro Gomes que se apresenta como candidato a ser apoiado
pelo PT, que ele diz “já ter esgotado o seu projeto” e chega ao ponto de chantagear ameaçando não compor nos vários estados em que o seu diluído PDT, ainda tem alguma força regional.

Por outro lado, pululam candidatos dos vários aglomerados políticos que necessitam disputar o pleito para garantir um mínimo de votos que lhes assegurem o acesso ao fundo partidário que passará a ser o grande financiador das futuras campanhas, visto que o patrocínio
do empresariado estará, ao que parece, definitivamente abolido das próximas campanhas eleitorais, se a nova lei efetivamente funcionar,
ou como se diz no Brasil, “pegar”, pois neste país tropical existem leis que pegam e leis que não pegam.

Assim, (re) aparecem os eternos candidatos a presidente que compõem a famosa galeria dos “folclóricos”, que só disputam os cargos majoritários para expor o nome e ganhar notoriedade para futuras pretensões e os “nanicos” que aparecem mais para propagandear
e vender, suas idéias e jornais. Estas eleições de 2018, entretanto, tendo em vista a falência dos nomes ligados aos partidos mais fortes e
tradicionais, como o PSDB, em que Aécio, literalmente virou pó e processos, enquanto Alckmin não parece decolar. Por outro lado, Marina
parece condenada a patinar e até perder para o “mico” Bolsonaro que também parece ter esgotado seu potencial de crescimento e começa a cair.

Resta aos partidos virarem “barriga de aluguel” e se alugarem para aventureiros da política que se apresentam como “não políticos” e “apartidários”, como aconteceu como Trump, nos EUA e Dória, em São Paulo, e surfando nas ondas do ódio aos profissionais da política, tentarão se eleger com um discurso vago da moralidade e contra a corrupção. Infelizmente, este parece ser o caso até do PSB com o “paladino da moralidade”, o ex-presidente do Supremo, o ministro Joaquim Barbosa.

Desta forma, o quadro eleitoral deste ano ainda deverá sofrer muitas e radicais mudanças. Quem viver. Verá!

06052018.

Sérgio Guerra
Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador.
Conselheiro Estadual de Educação – BA.
Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia.
Presidente do Instituto Ze Olivio IZO
Cronista do site “Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina”.

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