Eleitos os membros do Conselho de Cultura de Vitória da Conquista
O município de Vitória da Conquista terá, pela primeira vez, um Conselho Municipal de Cultura com representantes que foram eleitos democraticamente. O avanço é mais uma conquista ligada à criação do Sistema Municipal de Cultura na cidade, algo que envolve ainda a gestão do Fundo de Cultura e do Plano de Cultura.
A eleição ocorreu no dia 14 de novembro, com a participação de representantes de diferentes segmentos artísticos e culturais da região. Antes, o Conselho Municipal de Cultura era gerido apenas por membros indicados para ocupar o posto. “Temos agora um conselho muito mais representativo, independente e empoderado”, comentou o técnico em assuntos culturais e coordenador do processo de eleição, Gilmar Dantas Silva.
O órgão contará com vinte membros, sendo dez titulares e dez suplementes, com mandatos de dois anos. Silva considera a mudança como um importante passo na democratização da gestão da cultura. A criação e aprovação do regimento interno do órgão, bem como a eleição para presidente que deverá ser da sociedade civil, são os principais pontos de pauta para o início de 2017.
ESTADUAL – O Conselho Estadual de Cultura foi o primeiro, no Brasil, a ser formado no modelo que hoje é aplicado em Vitória da Conquista. Dois terços dos seus integrantes são eleitos para representar setores da cultura e os territórios de identidade. Apenas um terço é formado por indicação do poder público com representantes de órgãos como o Ministério Público, a Secretaria Estadual de Cultura (SecultBA) e a Associação de Dirigentes Municipais de Cultura (ADIMCBA).
Uma das integrantes do órgão é a conselheira Virginia Coronago, moradora de Vitória da Conquista. Ela acompanhou a votação do Conselho Municipal de Cultura da sua cidade e ressaltou que, apesar de ser um passo importante, é preciso trabalhar para garantir avanço nas discussões voltadas à gestão da cultura no município.
“Esse novo modelo de Conselho é mais democrático. Agora, a mobilização será mais efetiva e poderá trazer grandes benefícios. Porém, é preciso que a comunidade cultural participe, se informe e acompanhe as discussões”, comentou.
Para garantir a representatividade dos diferentes segmentos, os candidatos foram divididos em cinco eixos, que podem ser conferidos abaixo com os nomes dos respectivos eleitos.
Eixo 1: Artes visuais, design, moda, audiovisual e culturas digitais
Luiza Audaz (Titular)
Rafael Flores (Suplente)
Eixo 2: Dança, circo e teatro
Rayza Lélias (Titular)
Jeane Marrie (Suplente)
Eixo 3: Música, meios de comunicação, culturas populares, festas e ritos
Ricardo Benedictis (Titular)
Ana Paula Marques (Suplente)
Eixo 4: Literatura, bens culturais, educação patrimonial, museus, arquivos, bibliotecas, leitura e livros
Fábio Sena (Titular)
Mirtes Alves (Suplente)
Eixo 5: Políticas e gestão culturais e cultura identitária (LGBT, gênero, afro e indígena)
Keu Souza (Titular)
Andrea (Suplente)