Aldeia Nagô
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Entrevista com Dilma Rousseff à Revista Isto É

15 - 20 minutos de leituraModo Leitura

ISTOÉ – Por que a sra. acha que o presidente Lula a escolheu para
sucedê-lo e
quando exatamente se deu isso?
Dilma Rousseff – O presidente Lula me
escolheu
quatro vezes. A primeira foi na transição do governo de Fernando
Henrique para o
governo Lula, em 2002. O presidente me chamou para fazer a coordenação
da área
de infraestrutura porque me conhecia das reuniões do Instituto de
Cidadania.
Depois ele me escolheu para ser ministra de Minas e Energia. E, em 2005,
para
ser ministra da Casa Civil. Por último, me escolheu para ser
pré-candidata para
levar à frente o projeto de governo. Acho que me escolheu porque
acompanhei com
ele a construção de todos os grandes projetos. O presidente sabe que nós
conseguimos, juntos, fazer estes projetos.


ISTOÉ – Ser presidente era uma ambição pessoal da sra.?
Dilma – É um
momento alto da minha vida, talvez o maior. Tem gente que passou uma vida
inteira querendo ser presidente da República. Eu era mais modesta. Fui para a
atividade pública porque queria servir. Pode parecer uma coisa falsa, mas acho
que se pode servir à população brasileira no setor público. Sempre acreditei que
o Brasil podia mudar, mas isto era uma questão longínqua. Quando o Lula me
chamou para a chefia da Casa Civil, ele pretendia que o governo entrasse na
trilha do crescimento e da distribuição de renda para que o Brasil desse um
salto, e vi nisso uma grande oportunidade.

ISTOÉ – A sra. se considera
preparada para o cargo?
Dilma – Tenho clareza, hoje, de que conheço bem o
Brasil e os escaninhos do governo federal. Então, sem falsa modéstia, me acho
extremamente capacitada para o exercício desse cargo. E acredito que o fato de
não ser uma política tradicional pode incutir um pouco de novidade na gestão da
coisa pública. Uma novidade bem-vinda. Na minha opinião, critérios técnicos se
combinam com políticos. Escolher onde aplicar é sempre um ato político. Por
exemplo, eu acho que a grande missão nossa é erradicar a pobreza e que é
possível erradicá-la nos próximos anos. Isto é um ato político. Outra pessoa
pode escolher outra coisa.

ISTOÉ – No horizonte de um governo, é possível
erradicar a pobreza?
Dilma – Tem um estudo do Ipea mostrando que até 2016 é
possível erradicar a pobreza extrema, a miséria. Mas o empresário Jorge Gerdau
costuma dizer que "meta que se cumpre é meta errada". Metas não são feitas para
cumprir, mas para estabelecer um objetivo, criar uma força. Assim, acredito que
o prazo de 2016 é viável, mantido o padrão do governo Lula. Nossa meta pode ser
ainda mais ousada. Só não vou dizer qual porque, se passar dois dias sem
cumpri-la, vão dizer: "Não cumpriu a meta", como fazem com o PAC. Atrasar uma
obra de engenharia em seis meses é a catástrofe no Brasil.

ISTOÉ – O
presidente Lula também trabalhou com metas quando foi candidato. Ele falava em
dez milhões de empregos…
Dilma – Acho que a gente fecha em 14 milhões.
Falei com a área econômica de dois bancos e ambos consideram que o crescimento
do PIB será de 6,4%, podendo chegar a 7%, o que dá condições para se chegar a
estes 14 milhões de empregos. Os dados da produção industrial que fechamos em
março apontam um crescimento muito robusto e sustentável porque são os bens de
capital que estão puxando esse desempenho.

ISTOÉ – O Banco Central está
preocupado com este crescimento…
Dilma – Não, o Banco Central está
preocupado com outra coisa. Ele não pode estar preocupado com a expansão dos
bens de capital porque isso é virtuoso.

ISTOÉ – Parece que há uma visão
dissonante entre o Banco Central e a Fazenda sobre o desempenho da economia.
Como a sra. vê essa questão?
Dilma – Os dois trabalham em registros
diferentes. O BC faz uma análise necessariamente de curto prazo, porque ele
trabalha com questões inflacionárias conjunturais, mais imediatas. Ele olha a
pressão na hora que ela acontece. Já a Fazenda tem uma visão de mais médio e
longo prazo. É outro registro. A Fazenda tem consciência de que o Brasil está em
uma trajetória de estabilidade e de sustentabilidade. Agora, isso não é
incompatível com o fato de você ter pressões inflacionárias imediatas. Acho que
foi importante o aumento dos juros na última reunião do Copom.

ISTOÉ –
Isso não dá munição para os seus adversários?
Dilma – Nós já tivemos duas
experiências muito ruins de, durante a eleição, fingir que é uma coisa e,
depois, virar outra. Uma na virada do primeiro para o segundo mandato do
Fernando Henrique Cardoso e outra no Plano Cruzado. Hoje somos perfeitamente
capazes de elevar a taxa de juros e assumirmos as consequências, sem que isso
signifique uma perda. Temos integral compromisso com a
estabilidade.

ISTOÉ – A sra. concorda com a política de juros do
BC?
Dilma – Concordo. Acho que, da ótica do BC, ele fez o que precisava
fazer. Nos Estados Unidos, onde há um histórico maior de estabilidade, o Federal
Reserve tem dois olhos: um que olha a inflação e outro o emprego.

ISTOÉ –
O nosso só olha a inflação.
Dilma – No meu governo acho que, mais para o
final, teremos condições de olhar as duas coisas: inflação e
emprego.

ISTOÉ – Teremos um BC diferente?
Dilma – Teremos uma política
e uma realidade diferentes. Porque, para o BC fazer isto, é preciso uma redução
da dívida líquida em relação ao PIB. O Brasil converge para condições monetárias
de estabilidade que permitirão a combinação de outras variáveis. Criamos
robustez econômica suficiente para fazer isso.

ISTOÉ – A sra. vai
enfrentar um candidato que também se apresenta como um pós-Lula. O que a
diferencia dele?
Dilma – Só se acredita em propostas para o futuro de quem
cumpriu suas propostas no presente. O que nos distingue é que nós fizemos, nós
sabemos o que fazer e como fazer. Mais do que isso, os projetos dos quais eu
participei – 24 horas por dia nos últimos cinco anos – são prova cabal de que
somos diferentes.

ISTOÉ – A sra. não acha importante o fato de o PT ter
assumido o governo com um quadro de estabilidade da moeda?
Dilma – Eu não
queria fazer isso, mas, se vocês insistem, vamos lá: recordar é viver. Nós
assumimos o governo com fragilidades em todas as áreas. Taxas de inflação acima
de dois dígitos, déficit fiscal significativo e, sobretudo, uma fragilidade
externa monstruosa. Tínhamos um empréstimo com o FMI de US$ 14 bilhões. A margem
de manobra nessa situação é zero. Você se coloca de joelhos junto aos credores
internacionais. Quem fala com você é o sub do sub do sub. Isso não foi
momentâneo. Foi uma década de estagnação, de desemprego e desigualdade. Nós
tivemos, claro, coisas boas. Uma delas é a Lei de Responsabilidade
Fiscal.

ISTOÉ – Mas já cogitam mudá-la. A sra. é favorável a
isto?
Dilma – Depende. Acho que para mexer em coisas que têm dado certo é
recomendável caldo de galinha e muita calma. Mas, voltando ao recordar é viver,
o Plano Real também teve mérito. Já em outros pontos fomos salvos pelo gongo. O
País deve dar graças a Deus por não terem partido a Petrobras em pedaços, não
terem privatizado o setor elétrico, Furnas, Eletronorte, Eletrosul. A
privatização da telefonia foi correta, mas não acho hoje muito relevante. Hoje a
banda larga é mais importante que a telefonia.

ISTOÉ – A sra. acha que
Serra seria a continuidade de FHC?
Dilma – Não tenho nenhum comentário a
fazer sobre a pessoa José Serra. Tenho respeito por ele. Mas nós representamos
projetos políticos distintos. Nós temos uma forma diferente de olhar o
Estado.

ISTOÉ – Ele também se apresenta como um economista da linha
desenvolvimentista.
Dilma – Acho muito significativa essa tentativa de borrar
diferenças. Duvido que estariam borrando diferenças se o governo do presidente
Lula tivesse menos que 76% de aprovação. Duvido. Há, neste processo, a tentativa
de esconder o fato de que somos dois projetos. Tenho orgulho de ter sido
ministra do presidente Lula. Devemos comparar as experiências de cada um. Eles
diziam que não sabíamos governar, que só tivemos sorte. A gente gosta muito de
ter sorte. Graças a Deus não somos um governo pé-frio. Mas quando chegou essa
crise, muito maior que a de 1929, mostramos enorme competência de gestão,
capacidade de reação e ousadia.

ISTOÉ – O governo FHC foi
incompetente?
Dilma – O governo FHC representa um processo em que não
acredito. Não acredito num projeto de privatização de rodovias que aumenta o
custo Brasil por causa dos pedágios, que embute taxas de retorno de 26% ao ano.
Em estradas federais, a qualidade melhorou muito com pedágios bem menores por
uma razão muito simples: nós não cobramos concessão onerosa. Logística é igual a
competitividade na veia.

ISTOÉ – O que a sr. faria diferente do atual
governo?
Dilma – Nós tivemos que trocar o pneu do carro com ele andando.
Algumas coisas concluímos, em outras não conseguimos avançar. Acho
imprescindível, para o patamar de crescimento atingido, fazer a reforma
tributária. Não é proposta, é uma exigência. Se quisermos aumentar nossa
produtividade e, consequentemente, nossa competitividade, precisamos acabar com
coisas absurdas como a tributação em cascata.

ISTOÉ – O governo atual
também diz que tentou fazer isto.
Dilma – Não deu agora porque reforma
tributária significa conflito federativo. Aprendemos que é inviável fazer
reforma tributária sem compensações porque ela tem tempos diferentes. Para
neutralizar o efeito negativo da perda de arrecadação, vamos criar um fundo de
compensação. Este é o único mecanismo negociável.

ISTOÉ – Os acordos
políticos resultarão ainda em loteamento de cargos?
Dilma – Não. O apoio
político é totalmente legítimo. Em todos os países há uma composição política
que governa. O que você tem que exigir é padrões técnicos. Lutei muito para
implantar isso no governo.

ISTOÉ – Está satisfeita com o que foi
feito?
Dilma – Acho que podemos melhorar.

ISTOÉ – A sra. será avó, em
breve. E provavelmente seu neto nascerá num hospital privado e se educará numa
escola particular. Em que momento a sra. acha que o Brasil estará pronto para
mudar isso?
Dilma – Quero muito que isso aconteça porque me esforcei muito
para estudar numa excepcional escola pública, que era o Colégio Estadual de
Minas Gerais. A gente fazia um vestibularzinho para passar ali. Era difícil.
Este é o grande desafio do Brasil. Para a educação ser de qualidade, não é só
prédio, laboratório, banda larga nas escolas. É, sobretudo, professor bem
remunerado e com formação adequada.

ISTOÉ – Seu neto vai ter uma
superavó, moderna, talvez presidente da República. Essa avó moderna também
namora?
Dilma – Olha, eu não namoro atual­mente, apesar de recomendar para
todo mundo. Acho que faz bem para a pele, para a alma, faz todo o bem do
mundo.

ISTOÉ – Uma vez eleita, a sra. assumiria um relacionamento? A sra.
casaria no meio do mandato?
Dilma – A vida não é assim, tem que se confluírem
os astros…Eu não sou uma pessoa carente propriamente dita, tive uma vida
afetiva muito boa, muito rica. Mas nos relacionamentos há uma variá­vel que é
estratégica, que é com quem eu vou casar. Essa variável estratégica eu tenho que
saber, porque assim, no genérico, isso não existe. Agora, vamos supor que a
pessoa seja maravilhosa e eu esteja apaixonadíssima…

ISTOÉ – A sra.
está fechada para isso?
Dilma – Não, ninguém pode estar na vida. Mas para mim
é uma coisa muito distante. E depende dessa variável: que noivo é
esse?

ISTOÉ – Qual a sua posição em relação ao aborto? A sra. passou pela
experiência de fazer um aborto?
Dilma – Eu duvido que alguma mulher defenda e
ache o aborto uma maravilha. O aborto é uma agressão ao corpo. Além de ser uma
agressão, dói. Imagino que a pessoa saia de lá baqueada. Eu não tive que fazer
aborto. Depois que minha filha nasceu, tive uma gravidez tubária, eu não podia
mais ter filho. E antes disso só engravidei uma vez, quando perdi o filho por
razões normais. Tive uma hemorragia, logo no início da gravidez, sem maiores
efeitos físicos.

ISTOÉ – Isso foi antes de sua filha nascer?
Dilma –
Foi antes. Tanto é que eu fiquei com muito medo de perder minha filha, quando
fiquei grávida. Mas todas as minhas amigas que vi passarem por experiências de
aborto entraram chorando e saíram chorando. Eu acho que, do ponto de vista de um
governo, o aborto não é uma questão de foro íntimo, mas de saúde pública. Você
não pode hoje segregar mulheres. Deixar para a população de baixa renda os
métodos terríveis, como aquelas agulhas de tricô compridas, o uso de chás
absurdos, de métodos absolutamente medievais, enquanto as mulheres de renda mais
alta recorrem a clínicas privadas para fazer aborto. Há muita falsidade
nisto.

ISTOÉ – A sra. defende uma legislação que descriminalize o
aborto?
Dilma – Que obrigue a ter tratamento para as pessoas, para não haver
risco de vida. Como nos países desenvolvidos do mundo inteiro. Atendimento
público para quem estiver em condições de fazer o aborto ou querendo fazer o
aborto.

ISTOÉ – A Igreja Católica se opõe a isto.
Dilma – Entendo
perfeitamente. Numa democracia, a Igreja tem absoluto direito de externar sua
posição.

ISTOÉ – A sra. é católica?
Dilma – Sou. Quer dizer, sou antes
de tudo cristã. Num segundo momento sou católica. Tive minha formação no Colégio
Sion.

ISTOÉ – A sra. passou por um tratamento para curar um câncer e
precisa submeter-se a revisões periódicas. O que deu sua revisão dos seis
meses?
Dilma – Agora faço de seis em seis meses. Fiz há pouco, em abril, e
deu tudo perfeito.Existe na sociedade e em cada um de nós uma visão ainda muito
pesada sobre a questão do câncer. E isso provoca nas pessoas muita dificuldade
em tratar a doença Eu tive a sorte de descobrir cedo. Estava fazendo um exame no
estômago e resolveram ver como estavam minhas coronárias. Eu fui para fazer um
exame de coronária e descobri um linfoma.

ISTOÉ – Como a sra.
reagiu?
Dilma – A notícia é impactante. Na hora eu não acreditei, estava me
sentindo tão bem. Há uma contradição entre o que você sente e o que te falam.
Para combater o câncer você precisa encontrar forças em você mesma. Tem que se
voltar para você, não pode, de jeito nenhum, se entregar. Depois, você combate
porque conta com apoio. Eu tive uma sorte danada, recebi apoio popular. Chegavam
perto de mim e falavam que estavam rezando. A gente se comove muito. E também
tive apoio dos amigos, do presidente, de meus colegas no governo.

ISTOÉ –
A sra. rezava?
Dilma – Ah, você reza, sim. E reza principalmente porque não é
o câncer que é ruim, é o tratamento.

ISTOÉ – A sra. tem medo que o câncer
volte?
Dilma – Hoje não.

ISTOÉ – Como a sra. encara a vida depois
disso?
Dilma – A gente dá mais valor a coisas que costumam passar
despercebidas. Você olha para o sol e fica pensando se você vai poder continuar
vendo esta coisa bonita. Você fica mais alerta. Só combate isso se tiver força
interna. Vou contar uma coisa. Eu não conhecia a Ana Maria Braga e um dia ela me
ligou e conversou comigo explicando como tinha vencido o câncer dela, que o dela
era mais difícil, diferente, e que superou. Vou ter sempre uma dívida com ela,
porque, de forma absolutamente solidária e humana, ela me ligou naquele
momento.

ISTOÉ – Mudando de assunto, o Lula é um bom chefe?
Dilma –
Sim. O Lula é uma pessoa extremamente afetiva. Ele não te olha como se você
fosse um instrumento dele. Te olha como uma pessoa, te leva em consideração, te
valoriza, brinca. Ele tem uma imensa qualidade: ele ri, ri de si
mesmo.

ISTOÉ – A sra. também será assim como chefe? Porque dizem que a
senhora é o contrário disto, durona…
Dilma – Você não pense que o Lula não
é duro não, hein. É fácil até para você cobrar, em função disto. Basta dizer:
amanhã tem reunião com o Lula. Simples…

ISTOÉ – As reuniões são muito
longas?
Dilma – A busca de um consenso é um jeito que criamos no governo.
Algumas vezes o presidente chamava isto de toyotismo. Não é a linha de montagem
da Ford, onde cada um vai olhando só uma parte. É aquele método de ilha da
Toyota, porque você faz tudo em conjunto. Outra coisa é que a gente sempre
discute com os setores interessados. Sabe como saiu o Minha Casa, Minha Vida?
Porque nós sentamos com eles (empresários da construção civil) e conversamos.
Eles criticando o que se fazia, os 13 grandes mais a Câmara Brasileira da
Indústria da Construção Civil. Se você não fizer isso, se não for absolutamente
exaustivo no debate do detalhe, o projeto não fica em pé. Na curva ele
cai.

ISTOÉ – Hoje todo mundo comenta, inclusive dentro do partido, que, a
partir da entrada do presidente na campanha, suas chances de vitória aumentam. A
sra. traz essa expectativa também?
Dilma – Do nosso ponto de vista já é dado
que o presidente participa. Nós nunca achamos que ele vai chegar um dia e
participar depois. O presidente é a maior liderança do PT, a maior liderança da
coligação do governo, uma das maiores lideranças do País, uma das maiores
lideranças do mundo…

ISTOÉ – O fato de ter duas mulheres pela primeira
vez concorrendo dará um tom diferente à campanha?
Dilma – Acho que as
mulheres estão preparadas para pleitear as suas respectivas candidaturas e o
Brasil está preparado para as mulheres agora. Penso que é muito importante que
haja um olhar feminino sobre o Brasil. As mulheres são sensíveis e isso é uma
grande qualidade. As mulheres são sensatas e objetivas até porque lidam na vida
privada com condições que exigem isto. Ou você não conseguiria botar filho na
escola, providenciar comida, mandar tomar banho, ir trabalhar… As mulheres
também são corajosas: a gente segura dor, a gente encara.

ISTOÉ – A sra.
é a favor ou contra a reeleição?
Dilma – Sou a favor. Acho muito
importante.

ISTOÉ – A sra. cederia a possibilidade de uma reeleição para
o presidente Lula, no caso de ele querer se candidatar em 2014?
Dilma – Ele
já me disse para não responder a essa pergunta.

ISTOÉ – Até quando a sra. vai obedecer cegamente o que ele manda?
Dilma –
Lula não exige obediências cegas.

ISTOÉ – A sra. acompanha futebol como o
presidente Lula?
Dilma – Quero o Neymar e o Ganso na Seleção. Tenho muita
simpatia pelo Ganso, aquele jeito meio desconcertado de falar. Mas gosto dos
dois. Eles trouxeram alegria de volta para o futebol. Jogam de forma
desconcertante e atrevida.

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